O Profissão Repórter da Globo, nesta terça-feira 27, abordou o universo da prostituição masculina. Com uma edição ágil e sob o comando do jornalista Caco Barcellos, os jovens repórteres fizeram um panorama de algumas subdivisões do sexo pago.
A PROSTITUIÇÃO MASCULINA é cada vez mais recorrente em diversas regiões do mundo, tanto em países desenvolvidos como a Espanha, onde por vezes os prostitutos, comumente chamados de gigolôs, frequentemente vêm de países sub-desenvolvidos ou em desenvolvimento, como o Brasil, até países africanos, onde mulheres européias praticantes de turismo sexual se tornam suas principais clientes, interessadas principalmente no “dote” exagerado dos africanos.
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PROSTITUIÇÃO MASCULINA NO BRASIL
Em toda grande cidade brasileira se pode ver rapazes expondo seus corpos em vias movimentadas a noite, juntamente com travestis e prostitutas mulheres. Geralmente cada tipo ocupa um espaço diferente.
Alguns colocam anuncios em jornais e revistas oferecendo os seus serviços para homens e mulheres, enquanto outros trabalham apenas em saunas gays como boys.
Com muita frequência há casos de vitimas mortas por garotos de programas, bem como, denuncias de roubos através do golpe “Boa noite Cinderela”, quando o cliente é dopado através de fortes soniferos e então é levado para saques em caixas eletrônicos e depois abandonado inconsciente em algum motel, no próprio endereço ou em seu carro.
Algumas vitimas assumem o prejuizo e não denunciam o ocorrido à policia com medo do escândalo envolvendo os seus nomes, pois muitas vezes praticam tais atos escondido da familia e amigos.
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PROSTITUIÇÃO DE BRASILEIROS NA ESPANHA
Um estudo realizado na Espanha mostrou que quase 70% dos homens que se prostituem no país são brasileiros.
Sete mil homens foram ouvidos na pesquisa Trabalhadores masculinos do sexo, conduzida pelo Ministério da Saúde espanhol em parceria com o governo regional de Madri e a ONG Triângulo.
Segundo o estudo, a chegada em massa de brasileiros à Espanha a partir de 2005 disparou os índices de prostituição no país.
Até 2005, os brasileiros representavam 36% do total do mercado. Em 2006, chegaram a 55% e em 2007 subiram para 68,8%. Os espanhóis eram apenas 12% até o fim de 2007.
Vontade própria
O trabalho indica que o perfil dos brasileiros que se prostituem na Espanha é de jovens entre 17 e 28 anos, homossexuais (75%), com baixo índice de escolaridade, situação ilegais e inexperientes, o que sugere que não tinham a mesma atividade no Brasil.
A grande maioria decide permanecer nesse setor por dinheiro. Ao contrário das mulheres, que muitas vezes chegam enganadas e pressionadas por máfias, os homens sabem onde estão e exercem por vontade própria.
O levantamento define a prostituição masculina como "invisível" porque usa métodos mais discretos se comparados com os das mulheres.
Somente 1% coloca anúncios nos jornais e 9% estão nas ruas. A maioria (61,4%) atua em saunas gays, e o restante busca clientes de outras formas, como por meio da internet e trabalhando em prostíbulos.
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AIDS
O estudo alerta também para o alto risco de contágio do vírus do HIV, que é 25 vezes maior entre os homens.
Dos entrevistados, 19,8% mostraram ser soropositivos no primeiro teste de HIV. Entre os que fizeram o exame e ele deu negativo, 6% foram infectados dias depois, o que ficou comprovado no segundo teste.
Uma das partes da pesquisa aborda o uso da camisinha: 97% dos entrevistados responderam que usam preservativos, mas não foram convincentes quando indagados sobre seu uso em todas as relações.
HISTÓRIA
A história da prostituição masculina remonta aos primórdios da prostituição. Mesmo a Grécia Antiga possuia também uma grande quantidade de prostitutos. Uma parte deles trabalhava para uma clientela feminina, encontrando-se atestada a existência de gigolos desde a Época Clássica. Na comédia Pluto, Aristófanes coloca em cena uma mulher de idade avançada que gastou todo o seu dinheiro num amante que agora a rejeita. Contudo, a maioria dos prostitutos trabalhava para uma clientela masculina.
PROSTITUIÇÃO E PEDERASTIA
Ao contrário da prostituição feminina, que envolvia mulheres de todas as idades, a prostituição masculina encontra-se praticamente confinada ao grupo dos adolescentes.
O período durante o qual os adolescentes eram considerados desejáveis estendia-se entre a puberdade e o aparecimento da barba, constituindo a ausência de pêlos um elemento de erotismo entre os gregos. São mesmo conhecidos casos de homens que tinham como amantes homens mais jovens que se mantinham depilados.
Da mesma maneira que acontecia com a versão feminina, a prostituição masculina não era para os gregos objeto de escândalo. Os bordéis de rapazes existiam não apenas nas zonas do Piréu, Keramaikos, no monte Licabeto, mas um pouco por toda a Atenas. Um dos mais célebres destes jovens prostitutos é sem dúvida Fédon de Élis. Feito escravo durante a tomada da sua cidade, o jovem trabalhou num bordel até que Sócrates o conheceu, tendo o filósofo comprado a sua liberdade. O jovem tornou-se seu discípulo, tendo o seu nome sido atribuído a dos diálogos de Platão, o Fédon que narra os instantes finais da vida de Sócrates. Os prostitutos masculinos encontravam-se também sujeitos ao pagamento de uma taxa.
PROSTITUIÇÃO E CIDADANIA
A existência de uma prostituição masculina em larga escala revela que os gostos pederásticos não estavam restritos a determinada classe social. Os cidadãos que não tinham tempo ou disponibilidade para seguir os rituais da pederastia (observar os jovens no ginásio, fazer a corte, oferecer presentes), poderiam recorrer aos prostitutos, que à semelhança das prostitutas encontravam-se protegidos pela lei contra as agressões físicas. Outra razão que explica o recurso à prostituição relaciona-se com os tabus sexuais: os gregos consideravam a prática do sexo oral como um ato degradante. Assim, numa relação pederástica o erastés (amante mais velho) não poderia pedir ao erómenos que praticasse este ato, reservado aos prostitutos.
Apesar do exercício da prostituição ser legal, era mesmo assim uma prática vergonhosa, encontrando-se associado aos escravos ou aos estrangeiros. Em Atenas tinha para um cidadão consequências políticas, nomeadamente a perda dos direitos cívicos (atimía). Na obra Contra Timarco, Ésquines defende-se dos ataques de Timarco com a acusação deste ter praticado a prostituição durante a juventude, devendo por isso ser excluído dos seus direitos políticos, como o de apresentar queixa contra alguém.
PREÇOS
Tal como no caso das mulheres, os preços cobrados pelos serviços variam consideravelmente. Ateneu refere-se a um rapaz que oferecia os seus serviços por um óbulo, mas o valor é considerado demasiado baixo. Estratão de Sardes, autor de epigramas, refere uma transação por cinco dracmas. Uma carta do Pseudo-Ésquines estima em 3000 dracmas o dinheiro ganho por um tal Melanopo, provavelmente durante toda a sua carreira.
ROMA ANTIGA
Passando-se para o caso da Roma Antiga, a moralidade romana já tinha mudado no século IV, quando Amiano Marcelino critica amargamente os costumes sexuais dos taifali, uma tribo bárbara que habitava entre os Cárpatos e o Mar Negro, de que fazia parte a pederastia ao estilo grego. Em 342 DC os imperadores Constantino II e Constâncio II introduziram legislação que castigava a homossexualidade passiva, possivelmente com a castração. Estas leis que foram ampliadas em 390 DC por Teodósio I, o Grande, condenando à fogueira todos os homossexuais passivos que se prostituiam em bordéis. Em 438 DC, a lei passou a abranger todos os homossexuais passivos, e em 533 DC Justiniano I passou a castigar todos os atos homossexuais com a castração e a fogueira
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Fonte: WIKIPÉDIA
livro: O Negócio do Michê (A Prostituição Viril), de Néstor Perlongher, Editora Brasiliense
OTIMO MUITO ESCLARECIDO, PARABENS
ResponderExcluirmuito bom...me ajudou muito p trabalho de escola
ResponderExcluirparabéns!!!!
Muito bom esclarecedores os textos.
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