quarta-feira, 14 de julho de 2010

CHARLES MÖELLER - UM SANTISTA NOTÁVEL

CHARLES MÖELLER iniciou sua carreira no teatro como ator em Santos (SP), sua cidade natal, na peça “O Noviço”, em 1985, com direção de Neyde Veneziano. E, por uma feliz coincidência do destino, eu estava lá para testemunhar o começo da carreira deste grande artista. É claro, que naquele instante, não pude nem sonhar que presenciava o primeiro degrau da carreira do Charles.

Autor, diretor, ator, cenógrafo, figurinista e apaixonado desde muito cedo por teatro, Charles Möeller começou, aos 14 anos, a viajar para São Paulo para assistir espetáculos. Em uma dessas idas à capital paulista, assistiu a uma trilogia de Antunes Filho: “Romeu e Julieta”, “Nelson 2 Rodrigues” e “Macunaíma”. Ali decidiu para sempre o que queria ser e fazer na vida.

- “A gente não escolhe ser ator. É algo que você é ou você não é. Eu não consigo ter outra imagem na minha cabeça, durante minha infância, que não seja querer fazer teatro, querer pertencer a este mundo”, disse em uma entrevista.

Confira vídeo Conexão Roberto D”Avila – TV Brasil – Entrevista Charles Möeller (Parte 1/5)




Aos 16 anos se mudou para São Paulo, onde participou, por três anos, do CPT – Centro de Pesquisa Teatral, fundado pelo diretor Antunes Filho.

Neste período, Charles também começou a fazer assistência de cenografia para J.C. Serroni, já que desenhava e possuia algumas noções de plantas em arquitetura.

Da cenografia chegou aos figurinos. Em 1989, trabalhou com Gabriel Vilella em “O Concílio do Amor”, montagem do grupo Boi Voador. Por seu trabalho com os figurinos deste espetáculo, Charles ganhou os prêmios Mambembe, Shell, Apetesp e Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA).

Confira vídeo Conexão Roberto D”Avila – TV Brasil – Entrevista Charles Möeller (Parte 2/5)




Mudou-se em 1991 para o Rio de Janeiro, onde assinou a cenografia e o figurino de “O Alienista”, de Machado de Assis e direção de Almir Telles; “Dorotéia”, de Nelson Rodrigues e direção de Carlos Augusto Strazzer; e “Hello Gershwin”, musical de George Gershwin com direção de Marco Nanini, quando trabalhou pela primeira vez com CLAUDIO BOTELHO. Mas o grande trabalho em dupla começou efetivamente em 1997 e desde então vem acumulando sucessos, um atrás do outro, brindando um público sedento de musicais com espetáculos de alto nível.

Trabalhou como ator em espetáculos como “Colombo” (direção: Marcus Alvisi, 1992), “Lago 22” (direção: Jorge Takla, 1994), “A Gaivota” (direção: Jorge Takla, 1996), “Masther Harold e os Meninos” (direção: Antonio Mercado) e “Outra Vez” (direção: Sérgio Viotti).

Para o grupo Os Fodidos Privilegiados, trabalhou com os diretores Antônio Abujamra e João Fonseca em “Exorbitâncias, uma Farândula Teatral” (ator, figurino e cenografia, 1995); “O Casamento” (figurino e cenografia, 1997), pelo qual recebeu o Prêmio Shell pelo figurino; “Auto da Compadecida” (figurino e cenografia, 1998); e “Os Libertinos”, (figurino e cenografia, 2000).


Confira vídeo Conexão Roberto D”Avila – TV Brasil – Entrevista Charles Möeller
(Parte 3/5)





Sob a direção de Ana Kfouri, fez a cenografia e o figurino de “Volúpia”, 1997, e “Gula”, 1999, ambos com roteiro da diretora.

Assinou também os cenários e figurinos dos espetáculos “De Rosto Colado”, de Irving Berlin e direção de Marco Nanini, 1993; “O Médico e o Monstro”, de Robert Louis Stevenson, 1994; “O Jovem Torless”, de Robert Musil, 1995; “Os Fantástikos”, musical de Schmidt & Jones, e “Futuro do Pretérito”, de Regiana Antonini, 1996; “Na Bagunça do Teu Coração”, de João Máximo e Luiz Fernando Vianna, com direção de Bibi Ferreira, 1997; “Amor de Poeta”, de Tiago Santiago, direção de André Mauro, 1998; e “Candide”, opereta de Leonard Bernstein, com direção de Jorge Takla, 2000.

Em 2002, Charles fez a adaptação de “A Diabólica Moll Flanders”, de Daniel Defoe. Para este espetáculo, protagonizado por Ary Fontoura, assinou também a direção e o cenário e com seu infalível companheiro, Claudio Botelho, dirigiram também “Suburbano Coração”.

Em 2003 o grande sucesso “Ópera do Malandro”, Em 2004 “Tudo é Jazz” e “Cristal Bacharach”. Em 2005 “Sweet Charity” e “Lado a lado com Sondheim”. Em 2007 “Sete o musical”. Em 2008 “Beatles num Céu de Diamantes”, “Gloriosa a Vida de Florence Foster” e “A noviça rebelde”. Em 2009 “O Despertar da Primavera” e “Avenida Q”.

Confira vídeo Conexão Roberto D”Avila – TV Brasil – Entrevista Charles Möeller Parte 4/5)




Charles também criou cenários e figurinos para óperas do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e de São Paulo, entre elas “Cavalleria Rusticana”, “La Bohème”, “La Traviatta” e “Madama Butterfly”.

Na televisão, participou como ator das novelas “Mico Preto” (90/91- TV Globo), “Ana Raio e Zé Trovão” (92/93 – TV Manchete), “Idade da Loba” (94/95 – TV Plus / Band) e “Xica da Silva” (1996 – TV Manchete), além de “Você Decide” e “A Vida Como Ela É”, na TV Globo.


Carreira


Televisão


Telenovelas
• 1996 - Xica da Silva - Santiago
• 1995 - A Idade da Loba - Tadeu
• 1991 - A História de Ana Raio e Zé Trovão - Werner
• 1990 - Mico Preto - Jota
Seriados
• 1998 - Você Decide episódio O Intruso
• 1997 - Você Decide episódio Vida Dupla
• 1996 – A Vida como ela é...
• 1992 - Você Decide episódio O Carrasco Nazista
Teatro
Como Ator
• 1999 - Outra Vez
• 1997 - Masther Harold e os Meninos
• 1996 - A Gaivota
• 1994 - Lago 22
• 1992 – Colombo

Confira vídeo Conexão Roberto D”Avila – TV Brasil – Entrevista Charles Möeller (Parte 5/5)




Como Diretor
• 2009 – O Despertar da Primavera
• 2009 – Avenida Q
• 2008 - A Noviça Rebelde
• 2008 – Beatles num Céu de Diamantes
• 2008 – Gloriosa a vida de Florence Foster
• 2007 - Sete, o musical
• 2005 - Lado a Lado com Sondheim
• 2005 - Sweet Charity
• 2005 – Lado a lado com Sondheim
• 2004 – Tudo é Jazz
• 2003 - Ópera do Malandro
• 2002 - Suburbano Coração
• 2002 - O Fantasma do Teatro
• 2002 - A Diabólica Moll Flanders
• 2001 - Um Dia de Sol em Shangrilá
• 2001 - Company
• 2000 - Cole Porter - Ele Nunca Disse que Me Amava
• 1998 - O Abre Alas
• 1997 - As Malvadas

como Cenógrafo e Figurinista
• 2000 - Os Libertinos
• 2000 - Candide
• 1999 - Gula
• 1998 - Amor de Poeta
• 1998 - Auto da Compadecida
• 1997 - Volúpia
• 1997 - O Casamento
• 1997 - Na Bagunça do Teu Coração - direção de Bibi Ferreira
• 1996 - Os Fantástikos
• 1996 - Futuro do Pretérito
• 1995 - O Jovem Torless
• 1995 - Exorbitâncias, uma Farândula Teatral
• 1994 – O Médico e o Monstro
• 1993 - De Rosto Colado - direção de Marco Nanini
• 1991 - O Alienista
• 1991 - Hello Gershwin - direção de Marco Nanini
• 1991 - Dorotéia
• 1990 - Boi Voador
• 1989 - O Concílio do Amor

Prêmios

• Prêmio Shell de figurino por O Casamento (1997)
• Premio Sharp de melhor espetáculo por As Malvadas (1997)

Saiba mais:



http://www.moellerbotelho.com.br/about/a-dupla

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