sábado, 30 de outubro de 2010

O BRASIL NÃO ESQUECERÁ 45 ESCÂNDALOS DO GOVERNO FHC

Por não acreditar em político algum, muito menos em partidos, que no Brasil poderiam chamar-se quadrilhas”, venho olhando com carinho para o Partido Verde, porque tenho muitas preocupações ambientalistas e acho que eles ainda não foram tão corrompidos como os partidos mais tradicionais e antigos deste País.

Mas, para não ser acusado de PARCIAL, já que é do conhecimento público a minha profunda aversão ao PT e todos os seus membros, com raras exceções, decidi a titulo de RÉPLICA, publicar neste blog, um documento do PT, assinado por seu líder, o deputado JOÃO PAULO CUNHA, trazendo a público 45 denuncias de corrupções do Governo FHC.

Algumas destas achei bem tendenciosas e se repetindo, de alguma forma, no atual governo do PT, mas vejam abaixo e tirem suas conclusões:



O documento O Brasil não esquecerá - 45 escândalos que marcaram o governo FHC, de julho de 2002, é um trabalho da Liderança do PT na Câmara Federal de Deputados. O objetivo do levantamento de ações e omissões dos últimos sete anos e meio do governo FHC, segundo o então líder do PT, deputado João Paulo (SP), não é fazer denúncia, chantagem ou ataque. "Estamos fazendo um balanço ético para que a avaliação da sociedade não se restrinja às questões econômicas", argumentou. Entres os 45 pontos estão os casos Sudam, Sivam, Proer, caixa-dois de campanhas, TRT paulista, calote no Fundef, mudanças na CLT, intervenção na Previ e erros do Banco Central. A intenção da Revista Consciência.Net em divulgar tal documento não é apagar ou minimizar os erros do governo que se seguiu, mas urge deixar este passado obscuro bem registrado. Leia a seguir:

Itinerário de um desastre

Nenhum governo teve mídia tão favorável quanto o de FHC, o que não deixa de ser surpreendente, visto que em seus dois mandatos ele realizou uma extraordinária obra de demolição, de fazer inveja a Átila e a Gêngis Khan. Vale a pena relembrar algumas das passagens de um governo que deixará uma pesada herança para seu sucessor.
A taxa média de crescimento da economia brasileira, ao longo da década tucana, foi a pior da história, em torno de 2,4%. Pior até mesmo que a taxa média da chamada década perdida, os anos 80, que girou em torno de 3,2%. No período, o patrimônio público representado pelas grandes estatais foi liquidado na bacia das almas. No discurso, essa operação serviria para reduzir a dívida pública e para atrair capitais. Na prática assistimos a um crescimento exponencial da dívida pública. A dívida interna saltou de R$ 60 bilhões para impensáveis R$ 630 bilhões, enquanto a dívida externa teve seu valor dobrado.

Enquanto isso, o esperado afluxo de capitais não se verificou. Pelo contrário, o que vimos no setor elétrico foi exemplar. Uma parceria entre as elétricas privatizadas e o governo gerou uma aguda crise no setor, provocando um longo racionamento. Esse ano, para compensar o prejuízo que sua imprevidência deu ao povo, o governo premiou as elétricas com sobretaxas e um esdrúxulo programa de energia emergencial. Ou seja, os capitais internacionais não vieram e a incompetência das privatizadas está sendo financiada pelo povo.

O texto que segue é um itinerário, em 45 pontos, das ações e omissões levadas a efeito pelo governo FHC e de relatos sobre tentativas fracassadas de impor medidas do receituário neoliberal. Em alguns casos, a oposição, aproveitando-se de rachas na base governista ou recorrendo aos tribunais, bloqueou iniciativas que teriam causado ainda mais dano aos interesses do povo.

Essa recompilação serve como ajuda à memória e antídoto contra a amnésia. Mostra que a obra de destruição realizada por FHC não pode ser fruto do acaso. Ela só pode ser fruto de um planejamento meticuloso.

Deputado João Paulo Cunha
Líder do PT


1 - Conivência com a corrupção
O governo do PSDB tem sido conivente com a corrupção. Um dos primeiros gestos de FHC ao assumir a Presidência, em 1995, foi extinguir, por decreto, a Comissão Especial de Investigação, instituída no governo Itamar Franco e composta por representantes da sociedade civil, que tinha como objetivo combater a corrupção. Em 2001, para impedir a instalação da CPI da Corrupção, FHC criou a Controladoria-Geral da União, órgão que se especializou em abafar denúncias.

2 - O escândalo do Sivam
O contrato para execução do projeto Sivam foi marcado por escândalos. A empresa Esca, associada à norte-americana Raytheon, e responsável pelo gerenciamento do projeto, foi extinta por fraudes contra a Previdência. Denúncias de tráfico de influência derrubaram o embaixador Júlio César dos Santos e o ministro da Aeronáutica, Brigadeiro Mauro Gandra.

3 - A farra do Proer
O Proer demonstrou, já em 1996, como seriam as relações do governo FHC com o sistema financeiro. Para FHC, o custo do programa ao Tesouro Nacional foi de 1% do PIB. Para os ex-presidentes do BC, Gustavo Loyola e Gustavo Franco, atingiu 3% do PIB. Mas para economistas da Cepal, os gastos chegaram a 12,3% do PIB, ou R$ 111,3 bilhões, incluindo a recapitalização do Banco do Brasil, da CEF e o socorro aos bancos estaduais.

4 - Caixa-dois de campanhas
As campanhas de FHC em 1994 e em 1998 teriam se beneficiado de um esquema de caixa-dois. Em 1994, pelo menos R$ 5 milhões não apareceram na prestação de contas entregue ao TSE. Em 1998, teriam passado pela contabilidade paralela R$ 10,1 milhões.

5 - Propina na privatização
A privatização do sistema Telebrás e da Vale do Rio Doce foi marcada pela suspeição. Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de campanha de FHC e do senador José Serra e ex-diretor da Área Internacional do Banco do Brasil, é acusado de pedir propina de R$ 15 milhões para obter apoio dos fundos de pensão ao consórcio do empresário Benjamin Steinbruch, que levou a Vale, e de ter cobrado R$ 90 milhões para ajudar na montagem do consórcio Telemar.

6 - A emenda da reeleição
O instituto da reeleição foi obtido por FHC a preços altos. Gravações revelaram que os deputados Ronivon Santiago e João Maia, do PFL do Acre, ganharam R$ 200 mil para votar a favor do projeto. Os deputados foram expulsos do partido e renunciaram aos mandatos. Outros três deputados acusados de vender o voto, Chicão Brígido, Osmir Lima e Zila Bezerra, foram absolvidos pelo plenário da Câmara.

7 - Grampos telefônicos
Conversas gravadas de forma ilegal foram um capítulo à parte no governo FHC. Durante a privatização do sistema Telebrás, grampos no BNDES flagraram conversas de Luiz Carlos Mendonça de Barros, então ministro das Comunicações, e André Lara Resende, então presidente do BNDES, articulando o apoio da Previ para beneficiar o consórcio do banco Opportunity, que tinha como um dos donos o economista Pérsio Arida, amigo de Mendonça de Barros e de Lara Resende. Até FHC entrou na história, autorizando o uso de seu nome para pressionar o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil.

8 - TRT paulista
A construção da sede do TRT paulista representou um desvio de R$ 169 milhões aos cofres públicos. A CPI do Judiciário contribuiu para levar o juiz Nicolau dos Santos Neto, ex-presidente do Tribunal, para a cadeia e para cassar o mandato do Senador Luiz Estevão (PMDB-DF), dois dos principais envolvidos no caso.

9 - Os ralos do DNER
O DNER foi o principal foco de corrupção no governo de FHC. Seu último avanço em matéria de tecnologia da propina atende pelo nome de precatórios. A manobra consiste em furar a fila para o pagamento desses títulos. Estima-se que os beneficiados pela fraude pagavam 25% do valor dos precatórios para a quadrilha que comandava o esquema. O órgão acabou sendo extinto pelo governo.

10 - O "caladão"
O Brasil calou no início de julho de 1999 quando o governo FHC implementou o novo sistema de Discagem Direta a Distância (DDD). Uma pane geral deixou os telefones mudos. As empresas que provocaram o caos no sistema haviam sido recém-privatizadas. O "caladão" provocou prejuízo aos consumidores, às empresas e ao próprio governo. Ficou tudo por isso mesmo.

11 - Desvalorização do real
FHC se reelegeu em 1998 com um discurso que pregava "ou eu ou o caos". Segurou a quase paridade entre o real e o dólar até passar o pleito. Vencida a eleição, teve de desvalorizar a moeda. Há indícios de vazamento de informações do Banco Central. O deputado Aloizio Mercadante, do PT, divulgou lista com o nome dos 24 bancos que lucraram muito com a mudança cambial e outros quatro que registraram movimentação especulativa suspeita às vésperas do anúncio das medidas.

12 - O caso Marka/FonteCindam
Durante a desvalorização do real, os bancos Marka e FonteCindam foram socorridos pelo Banco Central com R$ 1,6 bilhão. O pretexto é que a quebra desses bancos criaria risco sistêmico para a economia. Chico Lopes, ex-presidente do BC, e Salvatore Cacciola, ex-dono do Banco Marka, estiveram presos, ainda que por um pequeno lapso de tempo. Cacciola retornou à sua Itália natal, onde vive tranqüilo.

13 - Base de Alcântara
O governo FHC enfrenta resistências para aprovar o acordo de cooperação internacional que permite aos Estados Unidos usarem a Base de Lançamentos Espaciais de Alcântara (MA). Os termos do acordo são lesivos aos interesses nacionais. Exemplos: áreas de depósitos de material americano serão interditadas a autoridades brasileiras. O acesso brasileiro a novas tecnologias fica bloqueado e o acordo determina ainda com que países o Brasil pode se relacionar nessa área. Diante disso, o PT apresentou emendas ao tratado – todas acatadas na Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

14 - Biopirataria oficial
Antigamente, os exploradores levavam nosso ouro e pedras preciosas. Hoje, levam nosso patrimônio genético. O governo FHC teve de rever o contrato escandaloso assinado entre a Bioamazônia e a Novartis, que possibilitaria a coleta e transferência de 10 mil microorganismos diferentes e o envio de cepas para o exterior, por 4 milhões de dólares. Sem direito ao recebimento de royalties. Como um único fungo pode render bilhões de dólares aos laboratórios farmacêuticos, o contrato não fazia sentido. Apenas oficializava a biopirataria.

15 - O fiasco dos 500 anos
As festividades dos 500 anos de descobrimento do Brasil, sob coordenação do ex-ministro do Esporte e Turismo, Rafael Greca (PFL-PR), se transformaram num fiasco monumental. Índios e sem-terra apanharam da polícia quando tentaram entrar em Porto Seguro (BA), palco das comemorações. O filho do presidente, Paulo Henrique Cardoso, é um dos denunciados pelo Ministério Público de participação no episódio de superfaturamento da construção do estande brasileiro na Feira de Hannover, em 2000.

16 - Eduardo Jorge, um personagem suspeito
Eduardo Jorge Caldas, ex-secretário-geral da Presidência, é um dos personagens mais sombrios que freqüentou o Palácio do Planalto na era FHC. Suspeita-se que ele tenha se envolvido no esquema de liberação de verbas para o TRT paulista e em superfaturamento no Serpro, de montar o caixa-dois para a reeleição de FHC, de ter feito lobby para empresas de informática, e de manipular recursos dos fundos de pensão nas privatizações. Também teria tentado impedir a falência da Encol.

17 - Drible na reforma tributária
O PT participou de um acordo, do qual faziam parte todas as bancadas com representação no Congresso Nacional, em torno de uma reforma tributária destinada a tornar o sistema mais justo, progressivo e simples. A bancada petista apoiou o substitutivo do relator do projeto na Comissão Especial de Reforma Tributária, deputado Mussa Demes (PFL-PI). Mas o ministro da Fazenda, Pedro Malan, e o Palácio do Planalto impediram a tramitação.

18 - Rombo transamazônico na Sudam
O rombo causado pelo festival de fraudes transamazônicas na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia, a Sudam, no período de 1994 a 1999, ultrapassa R$ 2 bilhões. As denúncias de desvios de recursos na Sudam levaram o ex-presidente do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA) a renunciar ao mandato. Ao invés de acabar com a corrupção que imperava na Sudam e colocar os culpados na cadeia, o presidente Fernando Henrique Cardoso resolveu extinguir o órgão. O PT ajuizou ação de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal contra a providência do governo.

19 - Os desvios na Sudene
Foram apurados desvios de R$ 1,4 bilhão em 653 projetos da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, a Sudene. A fraude consistia na emissão de notas fiscais frias para a comprovação de que os recursos recebidos do Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor) foram aplicados. Como no caso da Sudam, FHC decidiu extinguir o órgão. O PT também questionou a decisão no Supremo Tribunal Federal.

20 - Calote no Fundef
O governo FHC desrespeita a lei que criou o Fundef. Em 2002, o valor mínimo deveria ser de R$ 655,08 por aluno/ano de 1ª a 4ª séries e de R$ 688,67 por aluno/ano da 5ª a 8ª séries do ensino fundamental e da educação especial. Mas os valores estabelecidos ficaram abaixo: R$ 418,00 e R$ 438,90, respectivamente. O calote aos estados mais pobres soma R$ 11,1 bilhões desde 1998.

21 - Abuso de MPs
Enquanto senador, FHC combatia com veemência o abuso nas edições e reedições de Medidas Provisórias por parte José Sarney e Fernando Collor. Os dois juntos editaram e reeditaram 298 MPs. Como presidente, FHC cedeu à tentação autoritária. Editou e reeditou, em seus dois mandatos, 5.491medidas. O PT participou ativamente das negociações que resultaram na aprovação de emenda constitucional que limita o uso de MPs.

22 - Acidentes na Petrobras
Por problemas de gestão e falta de investimentos, a Petrobras protagonizou uma série de acidentes ambientais no governo FHC que viraram notícia no Brasil e no mundo. A estatal foi responsável pelos maiores desastres ambientais ocorridos no País nos últimos anos. Provocou, entre outros, um grande vazamento de óleo na Baía de Guanabara, no Rio, outro no Rio Iguaçu, no Paraná. Uma das maiores plataformas da empresa, a P-36, afundou na Bacia de Campos, causando a morte de 11 trabalhadores. A Petrobras também ganhou manchetes com os acidentes de trabalho em suas plataformas e refinarias que ceifaram a vida de centenas de empregados.

23 - Apoio a Fujimori
O presidente FHC apoiou o terceiro mandato consecutivo do corrupto ditador peruano Alberto Fujimori, um sujeito que nunca deu valor à democracia e que fugiu do País para não viver os restos de seus dias na cadeia. Não bastasse isso, concedeu a Fujimori a medalha da Ordem do Cruzeiro do Sul, o principal título honorário brasileiro. O Senado, numa atitude correta, acatou sugestão apresentada pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR) e cassou a homenagem.

24 - Desmatamento na Amazônia
Por meio de decretos e medidas provisórias, o governo FHC desmontou a legislação ambiental existente no País. As mudanças na legislação ambiental debilitaram a proteção às florestas e ao cerrado e fizeram crescer o desmatamento e a exploração descontrolada de madeiras na Amazônia. Houve aumento dos focos de queimadas. A Lei de Crimes Ambientais foi modificada para pior.

25 – Os computadores do FUST
A idéia de equipar todas as escolas públicas de ensino médio com 290 mil computadores se transformou numa grande negociata. Os recursos para a compra viriam do Fundo de Universalização das Telecomunicações, o Fust. Mas o governo ignorou a Lei de Licitações, a 8.666. Além disso, fez megacontrato com a Microsoft, que teria, com o Windows, o monopólio do sistema operacional das máquinas, quando há softwares que poderiam ser usados gratuitamente. A Justiça e o Tribunal de Contas da União suspenderam o edital de compra e a negociata está suspensa.

26 - Arapongagem
O governo FHC montou uma verdadeira rede de espionagem para vasculhar a vida de seus adversários e monitorar os passos dos movimentos sociais. Essa máquina de destruir reputações é constituída por ex-agentes do antigo SNI ou por empresas de fachada. Os arapongas tucanos sabiam da invasão dos sem-terra à propriedade do presidente em Buritis, em março deste ano, e o governo nada fez para evitar a operação. Eles foram responsáveis também pela espionagem contra Roseana Sarney.

27 - O esquema do FAT
A Fundação Teotônio Vilela, presidida pelo ex-presidente do PSDB, senador alagoano Teotônio Vilela, e que tinha como conselheiro o presidente FHC, foi acusada de envolvimento em desvios de R$ 4,5 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Descobriu-se que boa parte do dinheiro, que deveria ser usado para treinamento de 54 mil trabalhadores do Distrito Federal, sumiu. As fraudes no financiamento de programas de formação profissional ocorreram em 17 unidades da federação e estão sob investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Ministério Público.

28 - Mudanças na CLT
A maioria governista na Câmara dos Deputados aprovou, contra o voto da bancada do PT, projeto que flexibiliza a CLT, ameaçando direitos consagrados dos trabalhadores, como férias, décimo terceiro e licença maternidade. O projeto esvazia o poder de negociação dos sindicatos. No Senado, o governo FHC não teve forças para levar adiante essa medida anti-social.

29 - Obras irregulares
Um levantamento do Tribunal de Contas da União, feito em 2001, indicou a existência de 121 obras federais com indícios de irregularidades graves. A maioria dessas obras pertence a órgãos como o extinto DNER, os ministérios da Integração Nacional e dos Transportes e o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas. Uma dessas obras, a hidrelétrica de Serra da Mesa, interior de Goiás, deveria ter custado 1,3 bilhão de dólares. Consumiu o dobro.

Confira vídeo mostrando a corrupção no governo FHC através das capas de VEJA



30 - Explosão da dívida pública
Quando FHC assumiu a Presidência da República, em janeiro de 1995, a dívida pública interna e externa somava R$ 153,4 bilhões. Entretanto, a política de juros altos de seu governo, que pratica as maiores taxas do planeta, elevou essa dívida para R$ 684,6 bilhões em abril de 2002, um aumento de 346%. Hoje, a dívida já equivale a preocupantes 54,5% do PIB.

31 - Avanço da dengue
A omissão do Ministério da Saúde é apontada como principal causa da epidemia de dengue no Rio de Janeiro. O ex-ministro José Serra demitiu seis mil mata-mosquitos contratados para eliminar focos do mosquito Aedes Aegypti. Em 2001, o Ministério da Saúde gastou R$ 81,3 milhões em propaganda e apenas R$ 3 milhões em campanhas educativas de combate à dengue. Resultado: de janeiro a maio de 2002, só o estado do Rio registrou 207.521 casos de dengue, levando 63 pessoas à morte.

32 – Verbas do BNDES
Além de vender o patrimônio público a preço de banana, o governo FHC, por meio do BNDES, destinou cerca de R$ 10 bilhões para socorrer empresas que assumiram o controle de ex-estatais privatizadas. Quem mais levou dinheiro do banco público que deveria financiar o desenvolvimento econômico e social do Brasil foram as teles e as empresas de distribuição, geração e transmissão de energia. Em uma das diversas operações, o BNDES injetou R$ 686,8 milhões na Telemar, assumindo 25% do controle acionário da empresa.

33 - Crescimento pífio do PIB
Na "Era FHC", a média anual de crescimento da economia brasileira estacionou em pífios 2%, incapaz de gerar os empregos que o País necessita e de impulsionar o setor produtivo. Um dos fatores responsáveis por essa quase estagnação é o elevado déficit em conta-corrente, de 23 bilhões de dólares no acumulado dos últimos 12 meses. Ou seja: devido ao baixo nível da poupança interna, para investir em seu desenvolvimento, o Brasil se tornou extremamente dependente de recursos externos, pelos quais paga cada vez mais caro.

34 – Renúncias no Senado
A disputa política entre o Senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) e o Senador Jader Barbalho (PMDB-PA), em torno da presidência do Senado expôs publicamente as divergências da base de sustentação do governo. ACM renunciou ao mandato, sob a acusação de violar o painel eletrônico do Senado na votação que cassou o mandato do senador Luiz Estevão (PMDB-DF). Levou consigo seu cúmplice, o líder do governo, senador José Roberto Arruda (PSDB-DF). Jader Barbalho se elegeu presidente do Senado, com apoio ostensivo de José Serra e do PSDB, mas também acabou por renunciar ao mandato, para evitar a cassação. Pesavam contra ele denúncias de desvio de verbas da Sudam.

35 - Racionamento de energia
A imprevidência do governo FHC e das empresas do setor elétrico gerou o apagão. O povo se mobilizou para abreviar o racionamento de energia. Mesmo assim foi punido. Para compensar supostos prejuízos das empresas, o governo baixou Medida Provisória transferindo a conta do racionamento aos consumidores, que são obrigados a pagar duas novas tarifas em sua conta de luz. O pacote de ajuda às empresas soma R$ 22,5 bilhões.

36 - Assalto ao bolso do consumidor
FHC quer que o seu governo seja lembrado como aquele que deu proteção social ao povo brasileiro. Mas seu governo permitiu a elevação das tarifas públicas bem acima da inflação. Desde o início do plano real até agora, o preço das tarifas telefônicas foi reajustado acima de 580%. Os planos de saúde subiram 460%, o gás de cozinha 390%, os combustíveis 165%, a conta de luz 170% e a tarifa de água 135%. Neste período, a inflação acumulada ficou em 80%.

37 – Explosão da violência
O Brasil é um país cada vez mais violento. E as vítimas, na maioria dos casos, são os jovens. Na última década, o número de assassinatos de jovens de 15 a 24 anos subiu 48%. A Unesco coloca o País em terceiro lugar no ranking dos mais violentos, entre 60 nações pesquisadas. A taxa de homicídios por 100 mil habitantes, na população geral, cresceu 29%. Cerca de 45 mil pessoas são assassinadas anualmente. FHC pouco ou nada fez para dar mais segurança aos brasileiros.

38 – A falácia da Reforma agrária
O governo FHC apresentou ao Brasil e ao mundo números mentirosos sobre a reforma agrária. Na propaganda oficial, espalhou ter assentado 600 mil famílias durante oito anos de reinado. Os números estavam inflados. O governo considerou assentadas famílias que haviam apenas sido inscritas no programa. Alguns assentamentos só existiam no papel. Em vez de reparar a fraude, baixou decreto para oficializar o engodo.

39 - Subserviência internacional
A timidez marcou a política de comércio exterior do governo FHC. Num gesto unilateral, os Estados Unidos sobretaxaram o aço brasileiro. O governo do PSDB foi acanhado nos protestos e hesitou em recorrer à OMC. Por iniciativa do PT, a Câmara aprovou moção de repúdio às barreiras protecionistas. A subserviência é tanta que em visita aos EUA, no início deste ano, o ministro Celso Lafer foi obrigado a tirar os sapatos três vezes e se submeter a revistas feitas por seguranças de aeroportos.

40 – Renda em queda e desemprego em alta
Para o emprego e a renda do trabalhador, a Era FHC pode ser considerada perdida. O governo tucano fez o desemprego bater recordes no País. Na região metropolitana de São Paulo, o índice de desemprego chegou a 20,4% em abril, o que significa que 1,9 milhão de pessoas estão sem trabalhar. O governo FHC promoveu a precarização das condições de trabalho. O rendimento médio dos trabalhadores encolheu nos últimos três anos.

41 - Relações perigosas
Diga-me com quem andas e te direi quem és. Esse ditado revela um pouco as relações suspeitas do presidenciável tucano José Serra com três figuras que estiveram na berlinda nos últimos dias. O economista Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa de campanha de Serra e de FHC, é acusado de exercer tráfico de influência quando era diretor do Banco do Brasil e de ter cobrado propina no processo de privatização. Ricardo Sérgio teria ajudado o empresário espanhol Gregório Marin Preciado a obter perdão de uma dívida de R$ 73 milhões junto ao Banco do Brasil. Preciado, casado com uma prima de Serra, foi doador de recursos para a campanha do senador paulista. Outra ligação perigosa é com Vladimir Antonio Rioli, ex-vice-presidente de operações do Banespa e ex-sócio de Serra em empresa de consultoria. Ele teria facilitado uma operação irregular realizada por Ricardo Sérgio para repatriar US$ 3 milhões depositados em bancos nas Ilhas Cayman - paraíso fiscal do Caribe.

42 – Violação aos direitos humanos
Massacres como o de Eldorado do Carajás, no sul do Pará, onde 19 sem-terra foram assassinados pela polícia militar do governo do PSDB em 1996, figuram nos relatórios da Anistia Internacional, que recentemente denunciou o governo FHC de violação aos direitos humanos. A Anistia critica a impunidade e denuncia que polícias e esquadrões da morte vinculados a forças de segurança cometeram numerosos homicídios de civis, inclusive crianças, durante o ano de 2001. A entidade afirma ainda que as práticas generalizadas e sistemáticas de tortura e maus-tratos prevalecem nas prisões.

43 – Correção da tabela do IR
Com fome de leão, o governo congelou por seis anos a tabela do Imposto de Renda. O congelamento aumentou a base de arrecadação do imposto, pois com a inflação acumulada, mesmo os que estavam isentos e não tiveram ganhos salariais, passaram a ser taxados. FHC só corrigiu a tabela em 17,5% depois de muita pressão da opinião pública e após aprovação de projeto pelo Congresso Nacional. Mesmo assim, após vetar o projeto e editar uma Medida Provisória que incorporava parte do que fora aprovado pelo Congresso, aproveitou a oportunidade e aumentou alíquotas de outros tributos.

44 – Intervenção na Previ
FHC aproveitou o dia de estréia do Brasil na Copa do Mundo de 2002 para decretar intervenção na Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, com patrimônio de R$ 38 bilhões e participação em dezenas de empresas. Com este gesto, afastou seis diretores, inclusive os três eleitos democraticamente pelos funcionários do BB. O ato truculento ocorreu a pedido do banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunitty. Dias antes da intervenção, FHC recebeu Dantas no Palácio Alvorada. O banqueiro, que ameaçou divulgar dossiês comprometedores sobre o processo de privatização, trava queda-de-braço com a Previ para continuar dando as cartas na Brasil Telecom e outras empresas nas quais são sócios.

45 – Barbeiragens do Banco Central
O Banco Central – e não o crescimento de Lula nas pesquisas – tem sido o principal causador de turbulências no mercado financeiro. Ao antecipar de setembro para junho o ajuste nas regras dos fundos de investimento, que perderam R$ 2 bilhões, o BC deixou o mercado em polvorosa. Outro fator de instabilidade foi a decisão de rolar parte da dívida pública estimulando a venda de títulos LFTs de curto prazo e a compra desses mesmos papéis de longo prazo. Isto fez subir de R$ 17,2 bilhões para R$ 30,4 bilhões a concentração de vencimentos da dívida nos primeiros meses de 2003. O dólar e o risco Brasil dispararam. Combinado com os especuladores e o comando da campanha de José Serra, Armínio Fraga não vacilou em jogar a culpa no PT e nas eleições.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

OS DESVIOS DA AJUDA HUMANITÁRIA À ÁFRICA

Guerras tribais, genocídios, diversidade étnica. Essas são algumas das idéias que vêm à cabeça quando se pensa nos conflitos do continente africano. Mas, ao se considerar apenas o fator étnico como causa, perde-se a chance de compreender cada conflito, considerando múltiplos fatores. "Muitas podem ser as causas determinantes e, mesmo que existam algumas que são comuns à maior parte dos conflitos, sempre há especificidades.

Em conflitos como o de Ruanda, por exemplo, prevalecem fatores étnicos. No Sudão, fatores religiosos. No caso recente do Quênia, questões políticas e de poder assumiram maior importância. "Cada conflito deve ser estudado em suas características próprias, inclusive, analisados em perspectiva histórica, para que possamos melhor compreendê-los. Não é possível generalizações, ainda mais quando se trata de um continente tão amplo e diversificado em termos culturais como o africano".

A escassez de recursos, associada ao aumento da demanda por parte de uma população pobre e, em muitos casos, miserável, são elementos que pesquisadores consideram relevantes para pensar nos conflitos africanos. A incapacidade dos governos atenderem essas demandas provoca, por vezes, uma reação violenta por parte de setores sociais que se sentem abandonados pelo Estado. O prolongamento dos conflitos nos Estados, também tem sido associado à possibilidade dos grupos rebeldes se “auto-financiarem”, como foi o caso de Serra Leoa e Angola (nos quais os rebeldes controlavam minas de diamantes). “Vale lembrar também que durante a década de 1990, a mais violenta para a África no período pós-independência, havia muito armamento disponível no mercado internacional e a preços relativamente baixos e quase sem nenhum controle internacional".


A falta de desenvolvimento econômico, o traçado artificial das fronteiras e a dimensão inviável de muitos países, legados pelas potências européias, potencializam as contradições normais do continente. Os conflitos são deformados pelo colonialismo e neocolonialismo, que, desde o fim da Guerra Fria, vêm adquirindo uma dimensão propriamente mais africana.

Durante a Guerra Fria, a África (com exceção da África Austral) foi influenciada pelas ex-metrópoles, mas, com a globalização, a Europa perdeu enormemente sua influência e os EUA apareceram com a agenda da segurança antiterrorista. Nesse contexto, países como a China, o Brasil e, mais recentemente, a Índia, surgiram como grandes protagonistas na ajuda ao continente africano.


O fim da Guerra Fria e o avanço do processo de globalização redimensionaram as relações internacionais e atingiram os Estados mais fracos do planeta, sobretudo os africanos. A perda da importância estratégica que a África possuía enquanto vigorou aquele sistema, somada às mudanças estruturais que afetaram a economia mundial nas duas últimas décadas do século passado, e que continuam em progresso, são fatores considerados relevantes.

Confira vídeo do trailer do filme DIAMANTES DE SANGUE, sobre a realidade da exploração das riquezas minerais na África e a corrupção trazendo miséria e fome ao seu povo




Do ponto de vista econômico, tirando a República da África do Sul e, em menor grau, a Nigéria, os Estados africanos são exportadores tradicionais de matérias primas e produtos agrícolas, ou seja, são primário-exportadores. “Tudo isso leva a escassez de recursos por parte do Estado e, nesse contexto, a corrupção – quase epidêmica na África – promove um desastre ainda maior. As elites africanas têm grande culpa por conta da desagregação social de seus países.



Muitos organismos internacionais oferecem ajuda humanitária aos países africanos, mas esses auxílios e contribuições nem sempre são vistos de maneira positiva. Há críticas que ressaltam os prejuízos que a “ajuda” causaria, por reforçar a passividade, vir acompanhada de interesses geopolíticos e decisões externas, sem participação do povo africano, sobre onde, como e quando aplicar recursos. Seria melhor fornecer recursos à União Africana para que eles administrassem os recursos. Além disso, a ajuda tem uma visão distorcida dos problemas e suas causas.


O papel dos organismos internacionais, principalmente a Organização das Nações Unidas e diversas Organizações Não-Governamentais (como Médicos Sem Fronteiras, Human Rights Watch, Oxfam). “Sem elas a situação seria de abandono total para as pessoas que vivem nas zonas de conflito ou em regiões remotas onde o Estado é praticamente um ente desconhecido. Essas pessoas estariam abandonadas à própria sorte, ou melhor, à completa falta dela”. Essas organizações preferem atuar diretamente nas áreas onde cessou o conflito e que são mais carentes de suporte porque a credibilidade dos governos africanos é muito baixa ou quase nula. “A experiência recente indica que boa parte dos recursos que foram repassados para os governos africanos não foram aplicados de maneira correta, ou seja, em bom português isso significa que foram desviados. Dessa forma, existindo condições de segurança para as equipes de ajuda humanitária, elas se fazem presentes. E isso foi e continua sendo fundamental para milhares de pessoas que não podem contar com seus governos nacionais”.


Embora aparentemente o pior já tenha passado, há ainda um longo caminho a ser percorrido para que esse quadro seja superado. Isso “porque não se acaba com a pobreza, a miséria e as desigualdades sociais como num passe de mágica”. O combate à corrupção é apontado como uma das posturas que as lideranças africanas precisam enfatizar. Com um sistema econômico mundial que não colabora, a solução para os problemas africanos, precisa vir da própria África, de suas lideranças e de seus povos, e de mudanças na forma como o mundo fora do continente africano relaciona-se com ele.

Confira vídeo do trailer do filme HOTEL RUANDA: Em Ruanda, no ano de 1994, um conflito político levou à morte quase um milhão de ruandeses, no decorrer de apenas cem dias. O mundo fechou os olhos para Ruanda. Mas um homem abriu seus braços e coração e fez a diferença. Paul Rusesabagina (Don Cheadle) era gerente do Hotel Milles Collines, em Kigali, capital de Ruanda, quando o conflito começou.
Munido apenas da sua coragem, ele protegeu quem chegava ao hotel, adultos e crianças, mais de 1.200 pessoas, assim como sua própria família. Com direção de Terry George (Mães em Luta), indicado a 3 Oscar, baseado em uma história real, Hotel Ruanda conta a história de Paul para contar a história de Ruanda, como um alerta ao mundo.





Saiba mais:

Livros:

Muito longe de casa – memórias de um menino-soldado. Ishmael Beah. Rio de Janeiro: Ediouro, 2007.

Uma temporada de facões – relatos do genocídio em Ruanda. Jean Hatzfeld. São Paulo: Cia das Letras, 2005.

Gostaríamos de informá-lo de que amanhã seremos mortos com nossas famílias – histórias de Ruanda. Philip Gourevich. São Paulo: Cia das Letras, 2000.


Filmes:

Diamantes de sangue, dirigido por Edward Zwick.

Hotel Ruanda, dirigido por Terry George.

O Senhor das Armas, dirigido por Andrew Niccol

Tiros em Ruanda, dirigido por Michael Caton-Jones.


Fonte: http://www.comciencia.br

Confira vídeo do trailer do filme O SENHOR DAS ARMAS, sobre a realidade da venda de armamentos para governantes e revolucionários corruptos da África e do resto do mundo.



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domingo, 24 de outubro de 2010

RETRACTAÇÃO

Em 20/05/2010, postei MUDE, de PEDRO BIAL, pois no site abaixo informava como sua a autoria.

http://www.pensador.info/textos_de_pedro_bial/

Na mesma postagem coloquei um vídeo com a Ana Maria Braga declamando o texto e ao final afirmando que a autoria seria de Clarice Lispector.

Agora recebi uma mensagem do poeta EDSON MARQUES afirmando que o poema é seu, não da Clarice, ou do Bial. Veja o site do poema abaixo, o qual indico porque realmente gostei muito, além de querer me redimir, caso tenha cometido esse lapso imperdoável.

http://mude.blogspot.com/

Estou sinceramente confuso diante de informações contraditórias, porém me retracto, colocando os dois sites e, com as duas informações de autorias diferentes.

Seja de quem for a autoria, de qualquer forma adorei o poema e parabenizo o autor.

BETO LEMELA

sábado, 23 de outubro de 2010

O REI PELÉ COMPLETA 70 ANOS

O maior jogador da história do futebol brasileiro e considerado o melhor do mundo de todos os tempos completa hoje 70 anos de idade, em plena forma.

Edison Arantes do Nascimento, mais conhecido como PELÉ nasceu em Três Corações, dia 23 de outubro de 1940, mas consagrado em Santos como o Rei do Futebol, adotou esta cidade, onde mantém o seu escritório até os dias atuais.

PELÉ é considerado como o maior jogador da história do futebol, tendo fama internacional na condição de futebolista. Recebeu o título de Atleta do Século de todos os esportes em 15 de maio de 1981, eleito pelo jornal francês L'Equipe. No fim de 1999, o Comitê Olímpico Internacional, após uma votação internacional entre todos os Comitês Olímpicos Nacionais associados, também elegeu Pelé o "Atleta do Século". A FIFA também o elegeu, em 2000, numa votação feita por renomados ex-atletas e ex-treinadores como o Jogador de Futebol do Século XX.




Confira vídeo da TV Globo, quando Pelé completou 50 anos e jogando pela Seleção Brasileira em Milão




Filho de dona Celeste Arantes e de João Ramos do Nascimento, conhecido futebolista no sul de Minas Gerais, alcunhado Dondinho, em 1945, mudou-se com a família para Bauru (São Paulo). O nome "Edison" foi escolhido pelo pai para fazer uma homenagem ao inventor Thomas Edison.

Ainda criança manifestou a vontade de ser futebolista. Ironicamente a alcunha "Pelé" que serviu para identificar o jogador considerado o maior goleador de todos os tempos teve origem num goleiro. Em 1943 o pai de Pelé jogava no time mineiro do São Lourenço. Pelé, que então tinha três anos, ficava bastante impressionado com as defesas do goleiro da equipe do pai e gritava: "Defende Bilé". As pessoas próximas começaram a chamá-lo de "Bilé". Muitas crianças colegas do garoto Edison tinham dificuldade em pronunciar "Bilé" e com o tempo o apelido virou "Pelé".

Com onze anos já jogava em um time infanto-juvenil, o Canto do Rio, cuja idade mínima para participar era de treze anos. O pai então o estimulou a montar o seu próprio time: chamou-o Sete de Setembro. Para adquirir material, como bolas e uniformes, os garotos do time chegaram a furtar produtos nos vagões estacionados da Estrada de Ferro Sorocabana para vender em entrada de cinema e praças.

Posteriormente, viria a jogar no Baquinho, o time de maior referência da juventude do Pelé. O time principal era o Bauru Atlético Clube (BAC), da categoria principal da cidade e de onde derivou o nome do time juvenil. O convite para jogar no Baquinho partiu do Antoninho, que oferecia até emprego para os jogadores. Foi o Antoninho, ainda, quem dirigiu o primeiro treino do time. Depois, o Valdemar de Brito, famoso jogador do passado e técnico dos profissionais, passou a treinar a equipe. Foi ele quem levou o Pelé para a equipe do Santos, onde adquiriu fama internacional.

Certamente, o brasileiro de maior projeção no exterior. Uma das pessoas mais conhecidas e reconhecidas no planeta.

Um fato que destacou a importância de Pelé no exterior foi quando de sua visita a África em 1969. No transcorrer da guerra civil na África, para que Pelé e o time do Santos FC transitassem em segurança entre Kinshasa e Brazzaville, as forças rivais declararam a interrupção das agressividades, chegando a ocorrer, numa região de fronteira, a transferência da delegação sob tutela de um exército para o outro.

Este fato fez lembrar o sonho do Barão Pierre de Coubertin ao fazer renascer os Jogos Olímpicos no século XX. Pois era costume na Grécia Antiga a decretação de um armistício quando da realização dos jogos olímpicos da época.

Pelé começou sua carreira no Santos FC, em 1956 e disputou sua primeira partida internacional com a seleção brasileira dez meses depois. Nos anos 1960 foi convidado para jogar fora do Brasil, na Europa, mas preferiu ficar no seu clube de coração, o Santos.

Professor de Educação Física, formado em 1974, pela Faculdade de Educação Física de Santos (Universidade Metropolitana de Santos)

Na década de 1980, namorou a então aspirante a modelo Xuxa, sendo considerado o principal responsável pela projeção inicial dela na mídia. O mesmo período em que foram lançadas filmagens de Xuxa em um filme erótico chamado Amor, Estranho Amor. O filme com cenas polêmicas de Xuxa teve a exibição embargada na Justiça Brasileira anos depois, por iniciativa da própria atriz, que se tornara famosa e rica na TV e brasileira atuando como apresentadora infantil, e não por Pelé.

Foi ministro dos Esportes do Brasil de 1995 a 1998. Nessa época aprovou mudanças na Lei Zico, que passou a ser conhecida como Lei Pelé. A legislação, muito criticada pelos dirigentes de clubes brasileiros, na verdade segue em linhas gerais as diretrizes internacionais da FIFA para contratação de jogadores.

Em 2000, na conturbada eleição de Melhor Jogador do Século da FIFA, Pelé foi aclamado como o melhor de todos os tempos, a frente do craque argentino Diego Maradona.

Confira vídeo Internacional comparando a trajetória de Pelé e Maradona




Em 3 de março de 2004, revelou uma lista contendo os cem melhores jogadores de futebol vivos. Lista esta que gerou polêmica, e críticas de vários segmentos da mídia, de jogadores, e intelectuais do futebol mundial.

Em maio de 2005, Pelé ganhou espaço no noticiário por conta da prisão de seu filho Edson Cholbi Nascimento, o Edinho, autuado sob suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas.

CAMISA 10

Depois de Pelé, a camisa 10 passou a ser vestida pelo melhor jogador do time, tanto no Brasil quanto no exterior. No time do Santos e no do Cosmos de Nova York, ele utilizava esse número por ser o meia-esquerda. Em sua estreia na Seleção Brasileira, Pelé atuou com a camisa de número 9, a camisa de número 10 ele só começou a utilizar a partir do Mundial de 1958, cuja distribuição da numeração se deu de forma aleatória por um membro da Fifa, posto que, a delegação brasileira havia deixado de fornecer aos organizadores daquele mundial a numeração dos atletas.

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Fonte: Wikipédia

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A FAMILIA BRASILEIRA E A HOMOSSEXUALIDADE



Em 2007 o Jornal Folha de São Paulo trouxe uma a pesquisa nacional do Datafolha, realizada em 211 municípios, que traçou um novo perfil da família brasileira. O resultado indica uma mudança nos hábitos, valores e opiniões no país desde 1998, quando a Folha realizou a primeira edição do mesmo levantamento. Segundo a pesquisa, 49% dos brasileiros são casados. Já o número médio de pessoas por casa é de 3,8, enquanto 2,7 é a quantidade média de filhos por família. Sobre a renda, 35% dos brasileiros ganham até dois salários mínimos, e outros 24% ganham entre dois e três salários mínimos.

Entre as principais mudanças detectadas pela pesquisa, entre os dois períodos, está a maior tolerância das famílias para aspectos como perda da virgindade, sexo no namoro e na casa dos pais, gravidez sem casamento e HOMOSSEXUALIDADE. Por outro lado, cresceu a rejeição à prática do aborto, o uso de drogas é condenado, e a fidelidade é mais valorizada que uma vida sexual satisfatória.

Confira vídeo da TV Globo – Profissão Repórter: Ser Gay na Família Brasileira 1/3




AS MUDANÇAS OCORRIDAS NA DÉCADA:

Está longe de ser um ''liberou geral''. Mas de 1998 a 2007 mudou bastante coisa nas atitudes dos brasileiros com relação à sexualidade, à moral e à família. A pesquisa do Datafolha feita naquele ano, que repete questões feitas quase dez anos atrás, apresenta sinais contraditórios. Diminui (muito) a rejeição ao HOMOSSEXUALISMO. Mas também aumenta a rejeição ao aborto. Cresce a importância atribuída à religião. Mas ver a filha solteira engravidar já não alarmaria tanta gente.

A aceitação ao homossexualismo parece estar, como dizem, ''bombando''. Leia-se a pergunta. ''Se você soubesse que um filho homem está namorando um homem, você consideraria um problema muito grave, mais ou menos grave, pouco grave ou não consideraria um problema?''

Em 1998, 77% dos entrevistados achavam que essa situação seria ''muito grave''. O índice caiu 20 pontos percentuais em nove anos: hoje, só 57% teriam essa reação. Se o ''problema'' ocorresse com uma filha, os níveis de tolerância não se alterariam significativamente: 55% dos entrevistados não achariam ''muito grave'' se ela namorasse outra garota.

Os dados surpreendem bastante, uma vez que num livro recém-publicado, A Cabeça do Brasileiro, de Alberto Carlos de Almeida (editora Record), o homossexualismo é objeto de forte rejeição. A pesquisa foi feita em 2002 e mostra que 89% da população afirma ser ''totalmente contra'' ou ''um pouco contra'' o sexo entre dois homens.

Confira vídeo da TV Globo – Profissão Repórter: Ser Gay na Família Brasileira 2/3



HOMOSSEXUALISMO E RAÇA

Cinco anos de intervalo entre uma pesquisa e outra não explicam tudo, e sem dúvida entramos aqui no labirinto das sutilezas metodológicas. É que a pergunta feita na pesquisa de Alberto Almeida é um bocado diferente. Em vez de imaginar a situação de um filho namorando outro homem, o questionário indaga diretamente se o entrevistado aprova ou rejeita ''o homossexualismo masculino'' em geral. Pode-se imaginar que ele condene a prática, pensando nas suas próprias preferências ou nas ''leis da natureza'', sem entretanto arrancar os cabelos se um filho a experimentasse.

Mesmo assim, o avanço é espantoso. Ainda mais quando só 3% da população consideram ''moralmente aceitável'' fazer um aborto, contra 87% que acham isso ''moralmente errado'', e 6% que, estranhamente, afirmam não ser essa ''uma questão moral''.

Os maiores sinais de liberalização e modernidade talvez apareçam, na verdade, quando determinadas ''questões'' simplesmente deixam de ser... ''questões''. De 1998 a 2007, subiu de 76% para incríveis 92% o índice de entrevistados que não considerariam um problema se o filho namorasse uma pessoa de outra cor. Com a filha, a toada muda um pouco: o índice baixa para 85%. Mesmo assim, eis uma questão em que a teoria faria bem em ser testada na prática.


Confira vídeo da TV Globo – Profissão Repórter: Ser Gay na Família Brasileira 3/3




DROGAS E HOMOSSEXUALISMO

- Entre os que ganham mais de 20 salários mínimos mensais, cai para 50% os que consideram muito grave fumar maconha
- No Norte/Centro-Oeste e no Sul a tolerância ao homossexualismo cai para 15%; no Nordeste, 10%
- 57% acham que uma relação homossexual de um filho homem é ''muito grave''. Já se o ocorresse com uma filha, 55% dos entrevistados não achariam ''muito grave''.


Conclusão: Se já há um avanço na mentalidade do povo brasileiro com relação ao homossexualismo, para chegar ao nível de tolerância europeu, ainda existe um longo caminho pela frente. Com a Igreja Católica e os Evangélicos impedindo que diversas leis sejam votadas, através das suas bancadas na Câmara e Congresso, por outro lado, o Governo brasileiro fecha os olhos ao problema e pouco faz para mudar essa situação, relegando aos homossexuais o papel de cidadãos de segunda classe, por não reconhecer seus direitos de união civil homoafetiva, direito a adoção, proibição a homofobia, entre muitas outras coisas... Assim, o Brasil fica muito longe de ser uma Holanda, por exemplo, com todos os seus avanços sociais e econômicos.

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Fonte: Vermelho/ FSP
Publicado em 08/10/2007

terça-feira, 19 de outubro de 2010

SIONISMO, VOCÊ SABE O QUE É?

Obtendo o seu nome de Sião (Sion, Zion) que é o nome de um monte nos arredores de Jerusalém, o SIONISMO é um movimento político que defende o direito à autodeterminação do povo judeu e à existência de um Estado Judaico, por isso sendo também chamado de nacionalismo judaico . Ele se desenvolveu a partir da segunda metade do século XIX, em especial entre os Judeus da Europa central e do leste europeu, sob pressão de pogroms e do anti-semitismo crônico destas regiões, mas também na Europa ocidental, em seguida ao choque causado pelo caso Dreyfus.

O termo SIONISMO foi usado pela primeira vez numa reunião em Viena em 23 de Janeiro de 1892 e utilizada pelo judeu russo Leo Pinsker e deriva de Sião que é o sinónimo de Jerusalém, terra de Israel (terra prometida aos Judeus por Moisés). Sião é a parte Sul de uma colina onde Salomão, filho do rei David, construiu o primeiro templo da comunidade Judaica por volta de 1970 a.C.

Depois dos Israelitas estarem exilados na Babilónia, eles regressaram à sua terra para reconquistar a independência e construíram de novo o seu templo na terra de Jerusalém, mas não foi por muito tempo pois no séc. I a.C. voltaram a perder tudo para os Romanos.

Jerusalém tinha sido conquistada pelo rei David ao povo Jebuseu, uma tribo derrotada pelos Israelitas que eram nómadas a quem os romanos iriam chamar Judeus.

O nome Sião foi dado a toda a colina, a Jerusalém inteira e até à Nação.

Jerusalém, depois de pertencer aos Romanos passou a chamar-se Ilia Capitolino e a Judeia inteira passou a ser a Palestina.

A palavra Palestina deriva dos Filisteus que eram tribos do rei David que vieram das ilhas gregas para a costa mediterrânea de Camão.

No ano 70 foi destruído novamente (pela segunda vez) o templo, o que forçou os Judeus a se exilarem outra vez durante dois mil anos. Um número reduzido de Israelitas continuou a viver em Israel enquanto que a maioria ficou dispersa por todo o mundo.

Confira vídeo a HISTÓRIA DO CONFLITO ÁRABE ISRAELENSE PARTE 1



Até à primeira guerra mundial o império otomano controlou a Palestina passando no fim da mesma para a Inglaterra.

Nos finais do séc. XIX surgiu na Europa ocidental e central o sionismo, que era uma corrente nacionalista Judaica alimentada por intelectuais Judeus radicados na Alemanha, Áustria, França e Rússia. Mas o czar Alexandre II obrigou os Judeus a emigrar para a Europa e para os EUA.

Deste movimento surgiram os primeiros colonos Judeus na Palestina criando bases para a colonização judaica naquele território que cresceu devido às migrações, mas também como consequência das perseguições na Rússia após a revolução de 1905.

Os grupos Sionistas eram grupos que organizavam a Imigração para a Palestina dos Judeus após os "pogroms" (grandes perseguições organizadas aos Judeus). O seu objectivo era a criação de um país para os judeus.

Alguns autores alegam que os judeus que viviam na Diáspora há muito aspiravam a retornar a Sião e à Terra de Israel, o que é contestado. Segundo alguns autores, a intenção de viver na Palestina até o início da Segunda Guerra Mundial seria algo distante das intenções reais dos judeus, estando presente apenas enquanto referência religiosa.

Formalmente fundado em 1897, o sionismo era formado por uma variedade de opiniões sobre em que terra a nação judaica deveria ser fundada, sendo cogitado de início estabelecê-la no Chipre, na Argentina e até no Congo, entre outros locais julgados propícios.

A chamada diáspora judaica, ou seja, a dispersão dos judeus pelo mundo, foi o principal argumento de ordem religiosa a vindicar o estabelecimento da pátria judaica na Palestina.

Confira vídeo HISTÓRIA DO CONFLITO ÁRABE ISRAELENSE PARTE 2



A tese do retorno ao lugar de origem ganhou a grande maioria dos adeptos por ter forte apelo religioso, baseado na redenção do povo de Israel e na “terra prometida” . Por outro lado, outras correntes a consideravam uma compulsão retórica heróica e sentimental, e alguns até a reprovavam duramente, alegando que esta “redenção” teria de ser obra de Deus, não de ações políticas.

A partir de 1917 o movimento focou-se defínitivamente no estabelecimento de um estado na Palestina, a localização do antigo Reino de Israel.

Porém, quando o movimento sionista moderno se consolidou, no final do século XIX, a região da Palestina já estava cultural e etnicamente arabizada, ou seja, era habitada por uma população de esmagadora maioria árabe, lá enraizada por longa e consistente migração e assimilação iniciada por volta do ano de 650 e que perdurou e floresceu por mais de 400 anos, durante as dinastias árabes Omanida, Abássida e Fatímida e que, apesar de dominações posteriores, manteve suas principais características. Os judeus que habitavam a região formavam uma minoria.

Era portanto evidente que, para o estabelecimento de um estado judeu, os sionistas teriam de fazer uma grande alteração para mudar o equilíbrio étnico e demográfico da região, mesmo porque o projeto de um estado judaico padrão deveria basear-se em utopias religiosas e culturais bem próprias, exclusivas e definidas com os costumes e o idioma do povo judeu que habitavam o leste europeu, uma cultura totalmente estranha à pequena comunidade judaica local.

Observe-se que o objetivo primordial do sionismo, que era o estabelecimento de uma pátria judaica, sempre foi bem visto pelos organismos internacionais, tanto que a Liga das Nações (Mandato de 1922) como a ONU aprovaram desde logo os princípios básicos do sionismo, extensíveis aliás, a qualquer povo da terra. Esta simpatia aumentou, e muito, após a descoberta do genocídio dos judeus praticado pelos nazistas alemães durante a Segunda Guerra Mundial.

Apesar de não haver evidência de qualquer interrupção da presença judaica na Palestina há mais de três milênios, é fato incontroverso o concurso de várias migrações substitutivas em massa, com a saída de judeus e a entrada de outros povos, notadamente árabes.

Na segunda metade do século XIX, havia, na região, comunidades judaicas remanescentes, quando se organizou a migração de retorno de judeus, notadamente de ideário socialista, que se propunham a reformar a região, estabelecendo-se nela imediatamente.

Assim Mikveh Israel foi fundada em 1870 através da Aliança Israelita Universal, seguida por Petah Tikva (1878), Rishon LeZion (1882) e outras comunidades agrícolas fundadas pelas sociedades Bilu e Hovevei Zion.

Em 1897, o Primeiro Congresso Sionista proclamou a decisão de restabelecer a antiga pátria judia em Eretz Yisrael. Naquele momento, a Palestina era parte do Império Turco Otomano. Esta decisão fez o sionismo diferente da maioria dos outros nacionalismos, porque seus proponentes reivindicavam para a etnia um território que, na sua maior parte, não era por eles habitada.

Confira vídeo HISTÓRIA DO CONFLITO ÁRABE ISRAELENSE PARTE 3



A Grã-Bretanha expressou seu apoio ao sionismo com a Declaração de Balfour, de 1917. Na mesma época, instalou-se de facto o Mandato Britânico da Palestina, em consequência da perda dos territórios pelo Império Otomano, derrotado na Primeira Guerra Mundial. Nos anos seguintes, verificou-se um crescimento substancial na imigração de judeus, com grande aumento da população de origem judaica.

Logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, na fase final do Mandato Britânico, já era flagrante a violência mútua e descontentamento entre árabes e judeus, agravada com a chegada de novas levas de imigrantes, oriundos das perseguições nazistas na Europa. Como solução para os conflitos, em 1947 a ONU propôs e foi aceito o Plano de Partilha da Palestina, que consistia na formação de dois estados - um judeu e outro árabe, concedendo 55% da terra para o estado judeu e o restante ao estado árabe. A representação judaica aceitou o plano, que foi no entanto rejeitado pelos países árabes.

No dia 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico da Palestina, já em meio a um estado de guerra civil entre árabes e judeus, foi declarada pela Agência Judaica a criação do Estado de Israel. No dia seguinte, teve início a chamada Guerra árabe-israelense de 1948, quando cinco estados árabes vizinhos (Transjordânia, Líbano, Egito, Síria e Iraque) iniciaram movimentos de exércitos regulares para invadir a região e destruir o recém-criado estado judaico. Ao longo dos meses seguintes, os judeus alcançaram vitórias decisivas, aumentando seu domínio territorial na região, o que causou a fuga de cerca de 900 mil palestinos da áreas incorporadas, os quais se tornaram refugiados nos países vizinhos.

A esta guerra, seguiriam-se a Guerra de Suez (1956), a Guerra dos Seis Dias (1967), a Guerra do Yom Kippur (1973) e diversos outros conflitos.

Atualmente, Egito, Jordânia e a OLP (Organização para a Libertação da Palestina), como representante dos palestinos - isto é, dos árabes que habitavam a Palestina à época do Mandato Britânico e que devem constituir o povo do futuro Estado árabe-palestino, previsto pelo Plano de Partilha - reconheceram o Estado de Israel. Esta não é, entretanto, a posição do Líbano, Síria, Iraque e Arábia Saudita, nem do Hamas - organização política palestina majoritária na Autoridade Nacional Palestina desde as eleições de 2005 e que atualmente controla a Faixa de Gaza) - e nem tampouco da organização politítica xiita libanesa Hezbollah.

Apesar de tudo, ao longo dos sessenta anos da existência de Israel, o movimento sionista continuou a atuar no apoio ao fortalecimento do Estado e promovendo a integração de imigrantes judeus no país.

Confira vídeo HISTÓRIA DO CONFLITO ÁRABE ISRAELENSE PARTE 4




DIÁSPORA JUDAICA

PRIMEIRA DIÁSPORA (Galut Bavel)

De acordo com a Bíblia, a Diáspora é fruto da idolatria e rebeldia do povo de Israel e Judá para com Deus, o que fez com que este os tirasse da terra que lhes prometera e os dispersasse pelo mundo até que o povo de Israel retornasse para a obediência a Deus, onde seriam restaurados como uma nação soberana e senhora do mundo.

Geralmente se atribui o ínicio da primeira diáspora judaica ao ano de 586 a.C., quando Nabucodonosor II — imperador babilônico — invadiu o Reino de Judá, destruindo a Jerusalém, e o Templo; e deportando os judeus para a Babilônia. Mas esta dispersão se inicia antes, em 722 a.C., quando o reino de Israel ao norte é destruído pelos assírios e as dez tribos de Israel são levadas como cativas à Assíria e Judá passa a pagar altissmos impostos para evitar a invasão, o que não será possivel negociar com Nabucodonosor II.

DIÁSPORA NA BABILÔNIA

Com a conquista de Judá cerca de quarenta mil judeus foram deportados para a Babilônia, onde floresceram como comunidade e mantiveram suas práticas e costumes religiosos, associados à outros costumes herdados dos babilônios. A assimilação fez com que o hebraico perdesse sua importância em função do aramaico que tornou-se a língua comum. Com a queda do poder babilônico e a ascensão do imperador persa Ciro I, este permitiu que algumas comunidades judaicas retornassem para a Judéia, mas a grande maioria da população judaica preferiria permanecer em Babilônia onde tinham uma sociedade constituída do que retornar às vicissitudes da reconstrução de um país.

Com o domínio romano sobre a Judéia, a maior parte dos judeus que viviam na Judéia emigrou para Babilônia, que se tornou o maior centro comunitário judaico no mundo até o século XI. Ao vencerem os partas em 226, os persas novamente conquistam a Babilônia, mas os judeus permanecem com uma relativa autonomia sob a liderança do exilarca ou Resh Galuta (Príncipe do Exílio), descendente de Davi. No século IV é compilado o Talmud Babilônico, e tem início a crise caraíta.

A comunidade judaica na Babilônia perdurou solidamente através da história, influenciando o judaísmo mundial também na segunda diáspora e só deixará de existir com a emigração dos judeus do Iraque no século XX.

SEGUNDA DIÁSPORA

A Segunda Diáspora aconteceu muitos anos depois, no ano 70 d.C. Os romanos destruiram Jerusalém, e isso acarretou uma nova diáspora, fazendo os judeus irem para outros países da Ásia Menor ou sul da Europa. As comunidades judaicas estabelecidas nos países do Leste Europeu ficam conhecidas como Asquenazi (netos de Noé). Os judeus do norte da África (sefardins) migram para a península Ibérica. Expulsos de lá pelo crescente cristianismo do século XV, migram para os Países Baixos, Bálcãs, Turquia, Palestina e, estimulados pela colonização européia, chegam ao continente americano.

Confira vídeo HISTÓRIA DO CONFLITO ÁRABE ISRAELENSE PARTE 5



PALESTINA

PALESTINA é a denominação histórica dada pelo Império Britânico a uma região do Oriente Médio situada entre a costa oriental do Mediterrâneo e as margens do Rio Jordão. O seu estatuto político é disputado acesamente.

A área correspondente à Palestina até 1948 encontra-se hoje dividida em três partes: uma parte integra o Estado de Israel; duas outras (a Faixa de Gaza e a Cisjordânia), de maioria árabo-palestiniana, deveriam integrar um estado palestiniano-árabe a ser criado - de acordo com a lei internacional, bem como as determinações das Nações Unidas e da anterior potência colonial da zona, o Reino Unido. Todavia, em 1967, a Faixa de Gaza e a Cisjordânia foram ocupadas militarmente por Israel, após a Guerra dos Seis Dias.

Há alguns anos, porções dispersas dessas duas áreas passaram a ser administradas pela Autoridade Palestiniana, mas, devido aos inúmeros ataques terroristas que sofre, Israel mantém o controlo das fronteiras e está atualmente a construir um muro de separação que, na prática, anexa porções significativas da Cisjordânia ocidental ao seu território.

A população palestiniana dispersa pelos países árabes ou em campos de refugiados, situados nos territórios ocupados por Israel, é estimada em 4.000.000 de pessoas.
A palavra Palestina deriva do grego Philistia, nome dado pelos autores da Grécia Antiga a esta região, devido ao facto de em parte dela (entre a actual cidade de Tel Aviv e Gaza) se terem fixado no século XII a.C. os filisteus.

Os filisteus não eram semitas e sua provável origem é creto-miceniada, uma das mais conhecidas (embora recorrentemente mencionadas) vagas dos chamados "Povos do Mar" que se estabeleceram em várias partes do litoral sul do mar Mediterrâneo, incluindo a área hoje conhecida como Faixa de Gaza.

A Palestina, sendo um estreito trecho de favorável passagem entre a África e Ásia, foi palco de um grande número de conquistas, pelos mais variados povos, por se constituir num corredor natural para os antigos exércitos.

Um destes povos, os filisteus, fixa-se junto à costa onde constroem um poderoso reino. Contemporânea a esta invasão é a chegada das tribos hebraicas, lideradas por Josué. A sua instalação no interior gerou guerras com os filisteus, que se recusam a aceitar a religião hebraica.

As tribos hebraicas decidem então unir-se para formar uma monarquia, cujo primeiro rei é Saul. O seu sucessor, David (início do I milénio a.C.) derrota finalmente os filisteus e fixa a capital do reino em Jerusalém. Durante o reinado do seu filho, Salomão, o reino vive um período de prosperidade, mas com a sua morte é dividido em duas partes: a norte, surgirá o reino de Israel (com capital em Samaria) e a sul, o reino de Judá (com capital em Jerusalém).

Abrevie-se para afirmar que, salvo breves intervalos, a região foi dominada por outras potências tais como a Assíria (722 a.C.), os babilônicos (fins do século VII a.C.), os persas aquemênidas (539 a.C.), os greco/macedónios (331 a.C. permanecendo em poder dos ptolomaicos de 320 a 220 a.C. e dos Selêucidas de 220 a 142 a.C.) passando por uma retomada pelos locais Asmoneus que dominaram daí até o ano de 63 a.C. quando sobreveio o domínio romano, época da qual a maioria das pessoas tomou conhecimento (embora fantasioso) pela filmografia recente.

No ano de 66 d.C. inicia-se uma rebelião dos judeus que foi fortemente reprimida pelos romanos com a destruição do templo de Iavé no ano de 70, e só no ano de 131 a pax romana foi novamente abalada por rebeliões ao fim das quais o imperador Adriano tornou Jerusalém na Colonia Aelia Capitolia.

Passando pela divisão do Império Romano, a região viveu entre 324 d.C. e 638 d.C., extrema prosperidade e crescimendo demográfico, sendo de se considerar que a esta altura a população era de maioria cristã, aliás, religião oficial do Império Bizantino.

No ano de 614 a região acaba de ser ocupada pelos persas Sassânidas que mantém seu jugo até o ano de 628 e no ano de 638 toda a região está sob o domínio árabe muçulmano.

De 1517 a 1917 o Império Otomano controla toda região (incluindo Síria e Líbano).
No século XIX (1880 em diante), judeus começam a migrar para a região comprando terras.

Durante a 1ª Guerra Mundial, o Império Otomano apoia a Alemanha, acabando derrotado, com a ajuda de povos árabes que auxiliam às tropas aliadas, com a promessa da constituição de um estado árabe independente, no médio oriente. Na sequência do final da 1ª Guerra Mundial (1917), a parte sul do Império Otomano foi atribuído à Grã-Bretanha (Jordânia, Israel e Palestina) e à França (Líbia e Síria).

Em 1923 a Grã-Bretanha divide a sua zona em dois distritos administrativos, separados pelo rio Jordão, sendo que os Judeus apenas seriam permitidos na zona costeira, a oeste do rio (cerca de 25% da parte britânica). Os árabes dessa zona rejeitam a divisão, receando tornar-se uma minoria e incitados pelo crescente nacionalismo árabe no médio oriente, assim como apoiando-se no acordo pós 1ª Guerra Mundial.

A Grã-Bretanha entrega a resolução do problema às Nações Unidas em 1947. A Assembleia Geral das Nações Unidas determina a partilha da Palestina (os 25% em disputa) entre um Estado Judeu e outro Estado Árabe baseado na concentração das populações, através da resolução 181. A 14 de Maio desse ano os israelitas declaram a constituição do estado de Israel, levando à declaração de guerra por parte de Egipto, Jordânia, Síria, Líbano, Arábia Saudita, Iraque e Iémen. Nos 19 meses seguintes, na chamada Guerra da Independência, Israel acabaria por perder cerca de 1% da sua população, mas sairia vencedora, formando um pais maior que o inicialmente proposto pelas Nações Unidas dois anos antes. Egipto e Jordânia ocupam o território restante.

Em 1967, Egipto, Jordânia e Síria mobilizam os seus exércitos, com vista à destruição do estado Israelita. Naquela que ficaria conhecida como Guerra dos seis dias, Israel derrotou os três exércitos em outras tantas frentes, ocupando a península do Sinai (Egipto), Colinas de Golã (Síria) e Cisjordânia (Jordânia), incluindo o total controlo sobre Jerusalém. Desde esse ano Israel adoptou uma política destinada a promover a instalação de colonatos civis israelitas, expropriando terras aos palestinianos e construindo as casas para os seus cidadãos. Esta atitude é uma violação da Convenção de Genebra, que proíbe os vencedores de uma guerra de colonizar terras estrangeiras anexadas.

Confira vídeo HISTÓRIA DO CONFLITO ÁRABE ISRAELENSE PARTE 6




O DOMÍNIO ÁRABE

Ao contrário de várias potências que por alí só estenderam seu domínio de passagem, as vezes legando a administração da região a potentados locais, os árabes (à semelhança dos antigos hebreus) se estabeleceram na região, e o primeiro elemento cultural que introduziram foi a língua uma vez que aparentada com o aramaico, obteve fácil aceitação.

Desde o ano de 660 até 750, vigorou o domínio omíada, cuja capital era Damasco datando daí a construção do Nobre Santuário na Esplanada das Mesquitas em Jerusalém, substituída pela dinastia dos abássidas cuja capital era Bagdá que dominou até o ano de 974, seguindo-se a dinastia dos fatímidas que perduraram até o ano 1071.

Ao fim do longo domínio árabe de mais de quatro séculos, a religião islâmica acabou amplamente majoritária, seguindo-se de uma pequena minoria de cristãos e um menor número ainda de judaítas Samaritanos, até quando, no ano de 1072, sobreveio a conquista da região pelos turcos seldjúcidas que tinham capital em Bagdá.

No ano 1099 com a Primeira Cruzada europeus conquistaram Jerusalém e lá estabeleceram o seu domínio sob o nome de Reino Latino de Jerusalém cuja existência periclitante em meio à sociedade islâmica se demorou até o ano de 1187 quando a cidade foi reconquistada por Saladino.

Em 15 de Maio de 1948, um dia depois da fundação do Estado de Israel, sete exércitos de países da Liga Árabe atacaram Israel.

Durante a Guerra árabe-israelita, estimulada pelos países árabes, a maioria da população árabe da Palestina foge para os países vizinhos (Líbano, Jordânia, Síria e Egito) em busca de segurança. Com a vitória de Israel, a maioria desses refugiados, cerca de 750 mil, fica impedida de regressar às suas terras.

É na sequência do trabalho efetuado no apoio a estes refugiados que nasce o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.

Após um período inicial de estadia nos países árabes vizinhos, muitos destes refugiados são expulsos desses países de acolhimento, dirigindo-se para o sul do Líbano, onde permanecem em campos de refugiados até hoje.

Em 1964, o Alto Comissariado da Palestina solicitou à Liga Árabe a fundação de uma Organização para a Libertação da Palestina (OLP), cujo missão estatutária é a destruição do Estado de Israel. Em 1988, a OLP proclamou o estabelecimento de um estado palestiniano. O principal líder da organização foi o egípcio Yasser Arafat, falecido em 2004. Arafat, após anos de luta contra Israel, renegou a luta armada, a violência e o terrorismo e iniciou as negociações que levaram aos Acordos de Paz de Oslo.

Desde 1994 parte da Palestina está sob a administração da Autoridade Nacional Palestiniana, como resultado dos Acordos.

Atualmente a Palestina é governada pelo primeiro-ministro Ismail Haniyeh, do Hamas, e pelo presidente Mahmoud Abbas, do Fatah, tendo havido confrontos armados entre os dois grupos em Gaza em 2007.

Fonte: Wikipédia

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

PARIS, INESQUECÍVEL

Conheci PARIS em 1996 e desde então não voltei mais a Capital da França para uma nova visita, porém guardei no meu coração e na memória aquela viagem maravilhosa, lembrando sempre com muita nostalgia a semana chuvosa que passei na CIDADE LUZ, como é conhecida mundialmente.

PARIS é a capital e a mais populosa cidade da França, bem como a capital da região administrativa de Île-de-France. A cidade se situa num dos meandros do Sena, no centro da bacia parisiense, entre os confluentes do Marne e do Sena rio acima, e do Oise e do Sena rio abaixo. Como a antiga capital dum império estendido pelos cinco continentes, ela é hoje a capital do mundo francófono.

A posição de PARIS numa encruzilhada entre os itinerários comerciais terrestres e fluviais no coração duma rica região agrícola a tornou uma das principais cidades da França ao longo do século X, beneficiada com palácios reais, ricas abadias e uma catedral. Ao longo do século XII, Paris se tornou um dos primeiros focos europeus do ensino e da arte. Ao fixar-se o poder real na cidade, sua importância económica e política não cessou de crescer. Assim, no início do século XIV, Paris era a mais importante cidade de todo o mundo ocidental.

No século XVII, ela era a capital da maior potência política europeia; no século XVIII, era o centro cultural da Europa, cuja efervescência durante o Iluminismo lhe permite ainda hoje carregar o título de Cidade Luz; e no século XIX, era a capital da arte e do lazer, a Meca da Belle Époque. Sua arquitetura, seus parques, suas avenidas e seus museus fazem-na, pelo ano de 2004, a cidade mais visitada do mundo francófono, com cerca de 25 milhões de turistas, aproximadamente 500 000 a mais do que em 2003, segundo a Secretaria de Turismo e de Congressos de Paris. As margens parisienses do Sena foram inscritas, em 1991, na lista do Património Mundial da UNESCO.

PARIS é a capital económica e comercial da França, onde os negócios da Bolsa e das finanças se concentram. A densidade da sua rede ferroviária, rodoviária e da sua estrutura aeroportuária — um hub da rede aérea francesa e europeia — fazem-na um ponto de convergência para os transportes internacionais. Essa situação resultou duma longa evolução, em particular das concepções centralizadoras das monarquias e das repúblicas, que dão um papel considerável à capital do país e nela tendem a concentrar ao extremo todas as instituições. Desde os anos 1960, os governos sucessivos têm desenvolvido políticas de desconcentração e de descentralização a fim de reequilibrar o país.

Abrigando numerosos monumentos, por seu considerável papel político e econômico, Paris é também uma cidade importante na história do mundo. Símbolo da cultura francesa, a cidade atrai quase trinta milhões de visitantes por ano, ocupando também um lugar preponderante no mundo da moda e do luxo.

Em 2007, a população intra-muros (dentro do limite dos antigos muros) de Paris era de 2 193 031 habitantes pelo recenseamento do INSEE. Porém, ao longo do século XX, a área metropolitana de Paris, se desenvolveu largamente fora dos limites da comuna original. A Grande Paris é, com seus 11 836 970 habitantes, uma das maiores aglomerações urbanas da Europa e da União Europeia. Com um PIB de US$813.364 milhões a Região Parisiense é um ator econômico europeu de primeira grandeza, sendo a primeira região econômica europeia.


Confira vídeo Tour em Paris – Parte I





O turismo em PARIS não atingiu um número muito expressivo até que surgiu a ferrovia, no curso dos anos 1840. Uma das primeiras atrações foi, desde 1855, uma série de exposições universais, ocasiões que serviram à edificação de numerosos monumentos novos em PARIS, dos quais o mais célebre é a Torre Eiffel, erigida para a exposição de 1889. Estes monumentos, adicionados aos embelezamentos trazidos à capital durante o Segundo Império, largamente contribuíram para fazer da própria cidade a atração na qual ela se tornou.

Mas se PARIS é hoje em dia a capital mais visitada do mundo, ela é julgada como uma das menos acolhedoras e das mais caras: segundo uma enquete realizada em sessenta cidades com cerca de 14 000 pessoas através do mundo, ela se situa em primeiro lugar em beleza e dinamismo, mas uma das piores qualificadas no que concerne a qualidade do acolhimento (52° dentre 60) e os preços praticados (somente 55°).

Em 2006, ela chegou só até o terceiro lugar como destino de viajantes internacionais. Ela é ainda assim a cidade onde se organiza o maior número de congressos internacionais. Ainda em 2006, os cinquenta principais sítios culturais da cidade registraram 69,1 milhões de visitantes, ou seja, um crescimento de 11,3 % em relação a 2005.

As principais atrações turísticas da cidade são:

• A Torre Eiffel - construída em 1889, foi planejada inicialmente para ficar de pé por apenas 20 anos; é considerada atualmente o principal símbolo da cidade.
• A avenida Champs-Élysées, uma avenida famosa e muitas vezes cheia de turistas, que significa Campos Elíseos. Uma das mais largas avenidas do mundo, e uma das mais famosas.
• O Centro Georges Pompidou
• O Arco do Triunfo - construído por Napoleão Bonaparte, em 1806, em homenagem às vitórias francesas e aos que morreram no campo de batalha.
• O Museu do Louvre - famoso por abrigar o quadro Mona Lisa
• O Montmartre - uma área histórica da cidade, onde se localiza a Basílica de Sacré Cœur, e famosa pelo seus cafés, seus estúdios e nightclubs, como o Moulin Rouge.
• A Catedral de Notre-Dame - famosa catedral gótica localizada no centro da cidade
• O Panthéon - uma antiga igreja, famosa por abrigar os restos mortais de vários franceses famosos.
• O Quai d'Orsay - um cais na margem esquerda do Rio Sena.
• O Museu da arte e história do Judaísmo
• O Museu de Orsay - Museu que reúne importante coleção de arte impressionista e foi, no passado, uma estação de trem. Com a sua desativação, foi quase demolida, mas por protestos foi transformada em museu.
• O Cemitério do Père-Lachaise, onde estão enterradas pessoas famosas como Oscar Wilde, Jean-François Champollion, Édith Piaf, Chopin, Allan Kardec ou ainda Jim Morrison.
• O Hôtel des Invalides, museu e necrópole militar
• La Défense - o centro financeiro de Paris, a oeste da cidade.
• O Palácio de Versalhes - localizado na cidade de Versalhes, a maior atração turística do mundo. Construído por Luís XIV para abrigar toda a corte, designava o poder, a glória e a riqueza do Rei Sol (Luís XIV)
• Disneyland Resort Paris - Complexo turístico do conglomerado Disney contendo várias opções de entretenimento incluindo dois parques multitemáticos, Disneyland e Walt Disney Studios. Localizado em Marne-la-Vallée (suburbio de Paris) é a atração turística mais visitada da Europa, atraindo 12,4 milhões de visitantes só em 2004.
• L'Hôtel de Ville - Sede da prefeitura de Paris. Além de possuir uma arquitetura peculiar francesa, esbanja luxo e riqueza em cada detalhe.
• O Moulin Rouge - Antigo cabaré utilizado para divertimento dos franceses em relação às francesas que ali trabalhavam. Hoje usado como ponto turístico.

Confira vídeo Tour em Paris – Parte II



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15/10/10 - París, inesquecível



Fonte:
Wikipédia, a enciclopédia livre

terça-feira, 12 de outubro de 2010

MARIO LANZA, SAUDADES DE VOCÊ!

Infelizmente, devo confessar que sou leigo e ignorante em matéria de musica erudita, apesar de adora-la (não em todos os momentos, claro), mas tenho um amigo maestro chamado Michel Cipes Scheir, que além de profundo conhecedor, também é excelente compositor, apesar de não ter ainda todo o seu talento reconhecido, porém, sempre foi fonte de imensos conhecimentos e informações sobre o tema.

Meu avô materno , Giovanibatista Lemela, além de italiano, amava óperas e tinha quase todos os LPs de 48 rotação da época, assim, cresci ouvindo óperas, aprendendo a curti-las e hoje até lamento que não seja muito difundida no Brasil, com grandes temporadas como na Europa. Para colaborar, minha mãe era fã apaixonada do tenor norte-americano MARIO LANZA (foto acima), que atuou em diversos filmes nas décadas de 40 e 50 cantando óperas famosas, então, mesmo ele tendo morrido quando eu era muito pequeno, cheguei a assistir todos os seus filmes na TV e em festivais de cinema na minha cidade, em Santos.

Confira vídeo com Mario Lanza cantando “Granada




Como eu gostava de óperas, passei a curtir também os musicais, tanto no cinema, como no teatro e então, através do grande maestro Leonard Bernstein que compôs para West Side Story , depois de adulto, comecei a ouvir com mais interesse, frequentar espetáculos de orquestras e alguns concertos, apurando o meu ouvido com a verdadeira e eterna musica clássica e passando a conhecer e escutar também grandes compositores como: Vivaldi (1678-1741) e Bach (1685-1750), do Barroco que são os meus prediletos, Haydn (1737-1806), Mozart (1756-1791), Beethoven (1770-1827), Schubert (1797-1828), do Classicismo, Strauss (1804-1849), Chopin (1810-1849), Wagner (1813-1883), Lizt (1811-1886), Verdi (1813-1901), Saint-Saens (1835-1921), Carlos Gomes (1836-1896), Tchaikovsky (1840-1893), Puccini (1858-1924), Debussy (1862-1918), dos Românticos, Ravel (1875-1937), Carl Orff (1895-1982) e Villa-Lobos (1887-1959) dos Modernos. A grande maioria destes comprei coletâneas em LPs e depois Cds, mas sem dúvida, se não fosse o MARIO LANZA e seus filmes na minha iniciação musical, talvez atualmente eu fosse muito mais ignorante do que já sou, lamentavelmente, assim, a ele, o meu reconhecimento e saudades.


MARIO LANZA, nasceu na Filadélfia (E.U.A.), dia 31 de janeiro de 1921 e faleceu em Roma (Itália), dia 7 de outubro de 1959. Foi um tenor norte-americano de ascendência italiana.

Fez grande sucesso na década de 1940 e 50, principalmente por suas participações no cinema. Interpretou Enrico Caruso no cinema e fez apenas sete filmes, mas ganhou notoriedade mundial.

Foi considerado o mais famoso tenor dos EUA, mas durante toda a carreira enfrentou problemas com o excesso de peso, o consumo de álcool e de barbitúricos. Influenciou vários cantores, tanto clássicos como populares, e o próprio Elvis Presley declarou em uma entrevista na década de 1970 que foi um dos seus maiores fãs.

Confira vídeo com Mario Lanza cantando “Nessun Dorma



Filmografia:

That Midnight Kiss - 1949
• The Toast of New Orleans - 1950
• O Grande Caruso - 1951
• Because You're Mine - 1952
• The Student Prince - 1954
• Serenade - 1956
• Seven Hills of Rome - 1958
• For the First Time - 1959


Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre