QUEIMADA é uma prática primitiva da agricultura, destinada precipuamente à limpeza do terreno para o cultivo de plantações ou formação de pastos, com uso do fogo de forma controlada.
A prática de realizar queimada promove uma série de problemas de ordem ambiental, tal fato tem ocorrido em diferentes pontos do planeta e os países subdesenvolvidos como o Brasil são os que mais utilizam esse tipo de recurso.
As queimadas são mais freqüentes em áreas rurais que praticam técnicas rudimentares de preparo da terra, quando existe uma área na qual se pretende cultivar, o pequeno produtor queima a vegetação para limpar o local e preparar o solo, esse recurso não requer investimentos financeiros.
Do ponto de vista agrícola, o ato de queimar áreas para o desenvolvimento da agricultura é uma ação totalmente negativa, uma vez que o solo perde nutrientes, além de exterminar todos os microrganismos presentes no mesmo que garante a fertilidade, dessa forma, a fina camada da superfície fica empobrecida e ao decorrer de consecutivos plantios a situação se agrava gradativamente resultando na infertilidade.
Outra questão que deriva das queimadas é o aquecimento global, pois a prática é a segunda causa do processo, ficando atrás somente da emissão de gases provenientes de veículos automotores movidos a combustíveis fósseis. Isso acontece porque as queimadas produzem dióxido de carbono que atinge a atmosfera agravando o efeito estufa e automaticamente o aquecimento global.
As queimadas praticadas para retirar a cobertura vegetal original para o desenvolvimento agrícola e pecuária provocam uma grande perda de seres vivos da fauna e da flora, promovendo um profundo desequilíbrio ambiental, às vezes em níveis sem precedentes.
No caso específico do Brasil, as queimadas tem sido responsáveis pela diminuição de importantes domínios brasileiros, principalmente a floresta Amazônica e o Cerrado, duas áreas intensamente exploradas pela agropecuária, o segundo é o mais agredido, pois segundo estimativas restam menos de 20% da vegetação original, pois o restante já foi ocupado por lavouras e pastagens e o primeiro nos últimos anos tem atraído muitos produtores, isso certamente causará grandes impactos em uma das áreas mais importantes do mundo e que deve ser conservada para as próximas gerações.
Confira vídeo da equipe do Greenpeace na Br-163, próximo a Castelo dos Sonhos (PA) documenta queimadas na Amazônia (parte I).
De janeiro até esta sexta-feira, os satélites monitorados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registraram 69.900 focos de queimadas em áreas de floresta Amazônica. O aumento é de 276% quando comparado ao mesmo período de 2009, quando foram feitos 18.575 registros.
Nesta sexta, do total de 15.183 focos de incêndio detectados pelo Inpe, em todo o país, 7.007 estavam concentrados nas regiões Amazônicas. É quase metade de todos os incêndios registrados pelos satélites no Brasil.
Segundo os dados do Inpe, o Pará liderou os focos de incêndio na área que os cientistas chamam de 'Bioma Amazônia' com 3.958 pontos detectados. Em seguida, ficou o estado do Mato Grosso, com 1.806 pontos. Em terceiro lugar, veio o estado de Rondônia - com 846 ocorrências - e o Amazonas em quarto com 265 pontos de fogo.
Normalmente, a maioria das queimadas não ganha repercussão porque fica restrita a áreas de mata. A chegada do fogo à área urbana de Marcelândia,cidade no Mato Grosso, mostrou o risco que elas oferecem. Em Marcelândia, houve destruição de mais de cem casas e madeireiras, base da economia local. Pelo menos 500 pessoas ficaram sem emprego.
Segundo dados do Inpe, 320 municípios brasileiros estavam nesta sexta em situação crítica para risco de incêndios. No Mato Grosso, são 74 municípios em estado crítico.
No Tocantins, são 26 dos 139 municípios em situação crítica. O estado tem a situação que mais preocupa, porque nem todos focos de incêndio foram controlados. Em São Paulo, dos 645 municípios, 61 estão em estado crítico, segundo o Inpe. Entre eles, cidades como Araçatuba, Araraquara, Barretos, Batatais, Bebedouro, Catanduva, Jaboticabal e Pirassununga.
Nesta sexta-feira, o Ministério Público Federal ingressou com ação civil pública na Justiça Federal para impedir que órgãos do governo do estado emitam autorização para as chamadas "queimadas controladas" em fazendas de plantação de cana-de-açúcar em São Paulo.
Confira vídeo da equipe do Greenpeace em Nova Bandeirantes, ao norte do Mato Grosso, que documenta queimadas ao vivo na Amazônia (parte II).
O MPF argumenta que a atribuição deve ser do IBAMA e que não é possível autorizar queimadas sem que seja feito previamente um estudo de impacto ambiental. As autorizações são dadas pela Secretaria do Meio Ambiente e pela CETESB.
O mais lamentável de tudo é que o Governo pouco faz para acabar com essa pratica destrutiva da natureza, que acelera o efeito estufa e ainda acaba com o pouco que as populações atingidas possuem.
Enquanto isso, a floresta amazônica e o cerrado estão pouco a pouco perdendo toda a sua mata, causando a desertificação iminente, mesmo porque não são terras muito férteis.
Veja também as minha postagens dos dias 17/07 e 21/08/2010: Mudanças Climáticas, uma nova realidade (Partes 1 e 2) , que complementam melhor o tema de hoje.
Nem gosto de assistir na Tv o q está acontecendo em alguns estados. Além de destruir até o solo , os animais são a minha maior preocupação. É muito doloroso. Su Paes
ResponderExcluirMe sinto um tanto impotente com reelação as queimadas,ao mesmo tempo que dá vontade de gritar ao mundo inteiro: CHEGA DE POR FOGO NO NOSSO MUNDO!; A cobiça dos homens é maior que o direito à vida do próprio hoimem e dos animais!
ResponderExcluirPôxa, está ficando cada vez pior, VAMOS REUNIR NOSSO PESSOAL MINHA JENTE E CONSERTAR O QUE FAZEMOS!!!! , QU MESTA COMIGO?
ResponderExcluirBah é muito triste ver a Natureza sendo DESTRUIDA desta forma !!!
ResponderExcluireu gostei as pessoas vendo isso podem aprende alguma coisa a respeito
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