sexta-feira, 6 de agosto de 2010

LUÍS EDUARDO MAGALHÃES, A CAPITAL DO OESTE BAIANO

Estou pela segunda vez em visita de trabalho a LUIS EDUARDO MAGALHÃES, no estado da Bahia, (antiga Mimoso do Oeste) que se emancipou de Barreiras em 2000, e foi fundada a menos de 25 anos atrás. Nesse ano, ela tinha 21.454 habitantes, mas no censo de 2008 já estava com 48.977 e continuou crescendo vertiginosamente, desde então.



A economia do município vive basicamente da agricultura, em especial do cultivo de soja, café e algodão, mas é impressionante o seu desenvolvimento e a sua riqueza.

O município era antes um pequeno povoado denominado Mimoso do Oeste, que passou em 3 de dezembro de 1987 a ser distrito de Barreiras. Através da Lei n° 395/1997, em 17 de novembro de 1998, passou a denominação atual, para após referendo, decorrente de um projeto elaborado pela então deputada estadual Jusmari de Oliveira, transformar-se no município, cujo nome remete ao falecido deputado, filho do Senador Antônio Carlos Magalhães, em 30 de março de 2000, pela Lei 7619/00.

A criação do município foi alvo de muitas críticas, incitando protestos por parte de partidos políticos como o PT, que afirmava ser a lei 7619/00 primeiro, uma afronta à E.C. n15/1996, e por isso inconstitucional, e segundo, ter sido o referendo que autorizou a criação do município, tendencioso e parcial, já que não se consultou plenamente todas as regiões envolvidas. Em 2007 o STF posicionou-se a favor do pedido de inconstitucionalidade, sem entretanto, decretar a nulidade do ato de criação do município tendo como base o argumento de que a extinção do mesmo traria mais conseqüências negativas que benefícios para a população, dando ao legislador baiano um prazo de 2 anos para que se manifestasse sobre a situação irregular do mesmo.


INFRAESTRUTURA


É notável em sua população uma mistura de raças, com destaque para goianos e paranaenses devido à imigração dos povos vindos do sul do país. Sua população é muito religiosa, possuindo a cidade duas paróquias católicas e mais de cinqüenta templos evangélicos. Estima-se que mais de sessenta por cento da população seja Evangélica.

ECONOMIA

Possui a décima economia do estado da Bahia, sua região é responsável por sessenta por cento da produção de grãos do estado, sua renda per capita é uma das maiores do Brasil. Seu parque industrial é composto por empresas líderes em seus segmentos, inclusive quase vinte multinacionais. Entre as empresas pioneiras que se instalaram no município, pode-se citar a Cooperativa Agrícola de Cotia, na época a maior cooperativa do Brasil, a Ceval, indústria de esmagamento de soja, mais tarde incorporada pela Bünge Alimentos, sendo hoje esta unidade a maior esmagadora de soja de toda a América Latina, e também uma grande cooperativa regional, a Cooperativa do Oeste de Minas Gerais.

Sua agricultura é pujante, diversificada e de grande produtividade, possuindo grandes áreas irrigadas. Sua pecuária é de alta qualidade tanto na área genética como tecnológica. No ano de 2007, entrou em funcionamento um grande e moderno frigorífico de aves, paralelamente estará funcionando uma fábrica de ração para sustentar os produtores integrados de mais de um milhão de aves por mês, transformando-se assim o município num dos maiores produtores de aves da Bahia.

Confira vídeo da Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães quando completou 9 anos de emancipação (parte 1)




O município é um dos cinco do Brasil que sediam um dos maiores eventos de equipamentos de alta tecnologia destinados ao agronegócio, a Agrishow. Atualmente sedia o Bahia Farm Show, que teve a sua primeira edição na cidade de Ribeirão Preto, e conta entre outras com a de Rondonópolis (MT) e Cascavel (PR). Sua rede de hotéis é diversificada e suficiente, indo dos mais simples até o de categoria internacional.

Seu comércio é suficiente para atender toda a demanda de seus habitantes, tanto na área de alimentos como produtos e implementos agropecuários e construção civil, mas como toda cidade em grande desenvolvimento, Luís Eduardo tem muitos problemas de infra-estrutura, como: tratamento de esgoto, galeria de águas pluviais, pavimentação asfáltica e habitação para famílias de baixa renda, problemas que têm sido pouco atacados pela prefeitura e governo federal e que demanda ainda muito investimento dos governos.

Na área da saúde e educação a prefeitura tem feito um grande esforço o que tem tornado esses serviços aceitáveis. Na área habitacional de médio e alto padrão, a cidade conta com grandes investimentos, tanto na construção de edifícios residências de seis, oito, dez ou mais andares (mais de quinze em construção), bem como em condomínios horizontais de altíssimo padrão, inclusive com campo de golfe e pista de pouso para aeronaves de seus moradores.]

AGRICULTURA

A cultura da soja é introduzida de forma acelerada novos cultivos são testados, diversificando-se a base produtiva agrícola e unidades industriais são atraídas para a região. Em conseqüência, consolida-se um espaço dos mais promissores do Nordeste, com uma agricultura mecanizada, operada em moldes empresariais e com integração às cadeias agroindustriais.

O Oeste da Bahia passa a ser o mais importante espaço nordestino receptor de imigrantes, onde os nativos passam a conviver com uma cultura mais característica dos estados do sul do Brasil.

Os vales, antes caracterizados pela pequena exploração agrícola familiar em minifúndios, começam a serem identificados como áreas bastante promissoras para o cultivo de frutas. Esta nova dinâmica possibilitou as potencialidades, em sua grande parte ainda inexplorada, e expôs a região a crises características dos períodos iniciais das áreas e expansão de fronteira econômica.

Atualmente a região conta com incremento e diversificação de atividades, tais como: ampliação da pecuária, ovinocultura, caprinocultura, fruticultura, cafeicultura irrigada e o surpreendente crescimento rápido da cultura do algodão com aumento sucessivo das áreas plantadas, da produção e da produtividade.

A ocupação econômica do oeste está incorporando a variável ambiental, está determinado a ter um controle efetivo por parte de seus agentes, mas a preocupação no desenvolvimento sustentável hoje é extremamente presente, visto que na região existem órgãos estaduais, federais e ONG que estão atuando diretamente e constantemente na preservação dos recursos naturais tais como: Superintendências de Recursos Hídricos – SRH; Departamento de Defesa Florestal – DDF; Centro de Recursos Ambientais – CRA, IBAMA entre outros.

O município possui grandes áreas inexploradas, próprias para agricultara e pecuária. O Instituto Agronômico de Campinas (IAC), em convênio com órgãos públicos e privados, vem pesquisando variedades diversas de cana de açúcar com o objetivo de encontrar a mais produtiva e que melhor se adapta na região, para a implantação de um complexo sucroalcooleiro no município.

Existe na região grande possibilidade turística, pois o município fica em área de manancial e grandes nascentes, que se transformam em rios caudalosos e de água totalmente transparentes. Em município vizinho é possível encontrar grutas com lagos subterrâneos de águas azuis.

Confira vídeo da Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães quando completou 9 anos de emancipação (parte II)





Mais alguns dados

Área - 4.019 km²
População - 48.977 hab. (IBGE/2008)
PIB - R$ 841.928mil (IBGE/2006)
Estabelecimentos de Saúde - 12(2005)
Instituições de Ensino Superior - 02(2005)
Emissoras de Rádios - 02
Instituições Financeiras - 07(2008)
Frota de Veículos (DETRAN-BA/) - 13579(jan/2009)
Estelecimentos Industriais - 139
Estabelecimentos Comerciais - 1.472(2007)


Fonte: Wikipédia

3 comentários:

  1. Tal e qual Maluf, os "Coronéis" adoram se auto-homenagear!Na Bahia são os Magalhães (Vide nome da cidade); No Maranhão os Sarney que deram seus "castos" nomes a TUDO; Em São Paulo o já referido Maluf com suas auto- homenagens à mamãe, papai, vovô, ditadores, etc...E isso acontece pelo Brasil afora! Canalhas que se amam e adoram aos seus!!!!!
    Abraços,
    Michel Scheir.

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  2. Essas informaçoes me ajudaram bastante.... obrigada.

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  3. Cidade linda, estou de mudança para a cidade em Janeiro...Moro em Goiânia e passei minha vida interia aki, mas acho q nao vai ser tão difícil me adaptar..

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