quarta-feira, 18 de agosto de 2010

TURISMO DE SAÚDE NO BRASIL E SÃO PAULO

Um fato chamou a atenção dos brasileiros nas ultimas semanas, Fernando Lugo, presidente do Paraguai, veio ao nosso país para tratar-se de câncer, demonstrando o reconhecimento internacional à medicina e hospitais brasileiros.

O Brasil é um dos destinos mais procurados do mundo para turismo de entretenimento. Já no setor da saúde, medicina e bem estar, começamos a conquistar um novo espaço no mercado global, também chamado de TURISMO DE SAÚDE – que movimenta US$60 bilhões no mundo – concorrendo com os líderes mundiais: Índia, Tailândia e Cingapura.

Nos últimos anos, o Brasil se tornou uma alternativa promissora no roteiro de turismo médico. Nosso país é referência mundial em cirurgia plástica, cirurgia bariátrica (redução do estômago), tratamentos odontológicos, ortopedia, dermatologia, transplante capilar, medicina esportiva, procedimentos de reabilitação, check-ups completos e em muitas outras especialidades. Além disso, os hospitais e serviços brasileiros estão se estruturando para receber pacientes estrangeiros. No Brasil, 22 instituições são acreditadas pela JCI (Joint Comission International), organização não-governamental que certifica instituições médicas sob os mais rigorosos padrões de qualidade. Deste total, 13 são no Rio de Janeiro, oito em São Paulo e uma em Porto Alegre (RS). Já em Belo Horizonte, cinco hospitais receberam a certificação da ONA (Organização Nacional de Acreditação), outra entidade que também atua com certificações na área de saúde.

Além da garantia que a instituição segue padrões internacionais de qualidade no serviço, a certificação inclui também investimentos em equipes bilíngües, adaptações de cardápios e ambientes para atender os pacientes estrangeiros com excelência.

Como o fenômeno ainda é recente, carece de dados oficiais. Mas os consultórios, clínicas e hospitais brasileiros já sentem seus efeitos e comprovam: aumenta a cada dia o número de estrangeiros que vêm ao Brasil para realizar procedimentos médicos e odontológicos e a prefeitura de São Paulo já criou até um guia para estes turistas.

Confira vídeo do Jornal da Manhã do SBT sobre turismo de saúde em São Paulo e resto do Brasil



Se há dez ou quinze anos era comum brasileiros procurarem tratamentos cardiológicos e oncológicos no exterior, hoje o fluxo se inverteu. "O mundo está divido em países que exportam e países que importam pacientes, e o Brasil já faz parte do segundo grupo. A exemplo de países como Índia, Tailândia, Malásia e Cingapura, que já se firmaram nesse mercado, nosso país começa a investir no filão.

Dados de 2003 do Ministério do Turismo apontam que o estrangeiro que vem ao Brasil por motivos de saúde é o que permanece por mais tempo no país (em média 22 dias) e também o que gasta mais (US$ 120 por dia). Naquele ano, o grupo representou 0,5% dos estrangeiros que desembarcaram por aqui. Em 2005, a porcentagem já chegava a 0,9% (aproximadamente 48,6 mil pessoas).

A São Paulo Turismo, órgão oficial de turismo e eventos da cidade, foi uma das primeiras a detectar esse crescimento e a importância do setor. Em setembro de 2007, lançou um guia de turismo médico, bem-estar e qualidade de vida com informações sobre os principais hospitais, clínicas e laboratórios da cidade.

"São Paulo ocupa uma posição de destaque no cenário médico", afirma o vice-presidente do órgão, Tasso Gadzanis. Para os próximos anos, a intenção da São Paulo Turismo é divulgar a excelência dos serviços de saúde de São Paulo para todos os países da América Latina, enfocando também as possibilidades de lazer que a cidade oferece aos acompanhantes dos pacientes.

O turismo médico cresce geometricamente no mundo e apenas em 2006, 500 mil norte-americanos foram a outros países para cuidar da saúde. Em países como os Estados Unidos, onde cerca de 50 milhões de pessoas não têm cobertura médica, o maior fator de repulsão são os elevados custos dos planos de saúde. Em outros, que contam com medicina socializada, como Canadá e Inglaterra, o principal motivo são as longas filas para alguns tratamentos complexos. Por fim, um terceiro grupo não dispõe de medicina de ponta e exporta pacientes que querem, e podem, bancar os procedimentos mais avançados existentes.

Qualidade do atendimento, prestígio dos profissionais e relação médico-paciente mais calorosa são alguns dos motivos que fazem muitos pacientes optarem por cruzar fronteiras e oceanos para serem atendidos no Brasil. Soma-se a isso, claro, a possibilidade de conhecer lindas paisagens naturais e de desfrutar das ótimas estruturas de compras e gastronomia de diversas capitais.

Também, nos Estados Unidos e na Inglaterra, entre outros países, o médico é mais distante e o clima, mais formal. Nesses países, a relação médico-paciente é pontuada também pelo medo de expectativas irreais e a preocupação com possíveis processos jurídicos e o médico brasileiro também é reconhecido no exterior por valorizar as queixas estéticas dos pacientes. Já nos países nórdicos, por exemplo, os médicos são mais parcimoniosos na hora de realizar qualquer intervenção.

Contudo, um dos principais fatores de atração para o Brasil ainda são os preços praticados por aqui. Em relação aos países da América do Sul, muitas vezes, a diferença de preço não é tão significativa. Já em comparação a países como Portugal e Espanha, essa diferença varia de 30% a 50%, e pode chegar a 100% em relação aos Estados Unidos.

Confira vídeo do Jornal Hoje (TV Globo) sobre Turismo Saúde



Muitos estrangeiros vêm ao Brasil apenas para cuidar da saúde. Já outros aproveitam viagens de lazer e negócios, ou mesmo visitas a familiares e amigos, para agendar desde consultas e procedimentos simples, até intervenções mais complexas. São Paulo e Rio de Janeiro ainda são os destinos preferenciais, mas outras capitais, como Salvador, Recife e Curitiba também começam a integrar o circuito médico.

Parte dos pacientes procura os profissionais de renome internacional, mas a maioria ainda chega ao Brasil por recomendação de familiares, amigos e conhecidos que elogiam a qualidade do serviço nacional e os resultados obtidos.

Para os que não têm nenhuma indicação, a Internet tem se mostrado uma importante ferramenta na hora da escolha. Para facilitar a comunicação por meio desse veículo, muitos profissionais investem no material disponibilizado online. Por exemplo, na página do Hospital Sírio-Libanês, além dos dois idiomas (inglês e português), há informações também em árabe.

7 comentários:

  1. Olá blogueiro,
    É muito importante também incentivar a doação de órgãos e conscientizar as pessoas sobre a importância deste gesto de solidariedade.
    Para ser doador de órgãos não é preciso deixar nada por escrito. O passo principal é avisar a família sobre a vontade de doar. Os familiares devem se comprometer a autorizar a doação por escrito após a morte. Divulgue a ideia e salve vidas!
    Para mais informações: comunicacao@saude.gov.brOlá blogueiro,
    É muito importante também incentivar a doação de órgãos e conscientizar as pessoas sobre a importância deste gesto de solidariedade.
    Para ser doador de órgãos não é preciso deixar nada por escrito. O passo principal é avisar a família sobre a vontade de doar. Os familiares devem se comprometer a autorizar a doação por escrito após a morte. Divulgue a ideia e salve vidas!
    Para mais informações: comunicacao@saude.gov.br
    Ministério da Saúde

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  2. Acho ótimo que o Brasil possa receber pessoas de outros países para tratamentos especializados. O que me causa assombro é constatar que políticos do próprio país, ao invés de se tratarem em seus Estados, venham usar hospitais particulares caríssimos de São Paulo... Tudo pago, é óbvio, com nossos impostos! Os exemplos são muitos. Mas, como o espaço é curto, citarei somente a família Sarney. Por que não se tratam no Maranhão, Estado que governam há décadas?
    Abraços,
    Michel Scheir

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  3. Voltando ao assunto saúde, gostaria que toda a população brasileira pudesse receber o mesmo tratamento dado aos pacientes dos Hospitais particulares de Primeira linha, que existem em S.Paulo. Para nós, pobres mortais, agendar um exame simples, mais complexo, ou mesmo uma cirurgia urgente,num hospital público, leva meses! Se não fossem os convênios médicos (Caríssimos, por sinal!), estaríamos perdidos. É óbvio que não é isso que nos passam nas campanhas eleitorais...Os políticos adoram siglas sonoras: AME, AMA, etc...Mas na prática, tudo é bem diferente!
    Abraços,
    Michel Scheir

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  4. SAÚDE II
    Gostaria que o povo brasileiro tivesse acesso a hospitais públicos (pagos com nossos impostos) à altura dos particulares. Para marcar exames, consultas ou cirurgías, além da grande dificuldade burocrática, o tempo de espera é de, quase sempre, meses. Quem não tem acesso a convênios médicos , muito caros por sinal, padece. Logicamente não é isso que aparece nas campanhas eleitorais, onde gingles e siglas sonoras pululam...
    Abraços,
    Michel Scheir.

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  5. Muito bem explicado todos os problemas, mas também informados das alternativas acima, há também a pele prótese implantada micro fio a fio, o que não é um processo doloroso, como o implante de cabelo, seria uma boa dica para os leitores.

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  6. Parabéns pela sua informação saúde.Você blog, muitos iria escrever algo sobre o implante de cabelo.

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  7. Um artigo interessante e que deve ser mais conhecida sobre a meu ver. O seu nível de detalhe é bom ea clareza da redação é excelente. Eu tenho bookmarked-lo para você, para que outros poderão ver o que você tem a dizer.

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