Obtendo o seu nome de Sião (Sion, Zion) que é o nome de um monte nos arredores de Jerusalém, o SIONISMO é um movimento político que defende o direito à autodeterminação do povo judeu e à existência de um Estado Judaico, por isso sendo também chamado de nacionalismo judaico . Ele se desenvolveu a partir da segunda metade do século XIX, em especial entre os Judeus da Europa central e do leste europeu, sob pressão de pogroms e do anti-semitismo crônico destas regiões, mas também na Europa ocidental, em seguida ao choque causado pelo caso Dreyfus.
O termo SIONISMO foi usado pela primeira vez numa reunião em Viena em 23 de Janeiro de 1892 e utilizada pelo judeu russo Leo Pinsker e deriva de Sião que é o sinónimo de Jerusalém, terra de Israel (terra prometida aos Judeus por Moisés). Sião é a parte Sul de uma colina onde Salomão, filho do rei David, construiu o primeiro templo da comunidade Judaica por volta de 1970 a.C.
Depois dos Israelitas estarem exilados na Babilónia, eles regressaram à sua terra para reconquistar a independência e construíram de novo o seu templo na terra de Jerusalém, mas não foi por muito tempo pois no séc. I a.C. voltaram a perder tudo para os Romanos.
Jerusalém tinha sido conquistada pelo rei David ao povo Jebuseu, uma tribo derrotada pelos Israelitas que eram nómadas a quem os romanos iriam chamar Judeus.
O nome Sião foi dado a toda a colina, a Jerusalém inteira e até à Nação.
Jerusalém, depois de pertencer aos Romanos passou a chamar-se Ilia Capitolino e a Judeia inteira passou a ser a Palestina.
A palavra Palestina deriva dos Filisteus que eram tribos do rei David que vieram das ilhas gregas para a costa mediterrânea de Camão.
No ano 70 foi destruído novamente (pela segunda vez) o templo, o que forçou os Judeus a se exilarem outra vez durante dois mil anos. Um número reduzido de Israelitas continuou a viver em Israel enquanto que a maioria ficou dispersa por todo o mundo.
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Até à primeira guerra mundial o império otomano controlou a Palestina passando no fim da mesma para a Inglaterra.
Nos finais do séc. XIX surgiu na Europa ocidental e central o sionismo, que era uma corrente nacionalista Judaica alimentada por intelectuais Judeus radicados na Alemanha, Áustria, França e Rússia. Mas o czar Alexandre II obrigou os Judeus a emigrar para a Europa e para os EUA.
Deste movimento surgiram os primeiros colonos Judeus na Palestina criando bases para a colonização judaica naquele território que cresceu devido às migrações, mas também como consequência das perseguições na Rússia após a revolução de 1905.
Os grupos Sionistas eram grupos que organizavam a Imigração para a Palestina dos Judeus após os "pogroms" (grandes perseguições organizadas aos Judeus). O seu objectivo era a criação de um país para os judeus.
Alguns autores alegam que os judeus que viviam na Diáspora há muito aspiravam a retornar a Sião e à Terra de Israel, o que é contestado. Segundo alguns autores, a intenção de viver na Palestina até o início da Segunda Guerra Mundial seria algo distante das intenções reais dos judeus, estando presente apenas enquanto referência religiosa.
Formalmente fundado em 1897, o sionismo era formado por uma variedade de opiniões sobre em que terra a nação judaica deveria ser fundada, sendo cogitado de início estabelecê-la no Chipre, na Argentina e até no Congo, entre outros locais julgados propícios.
A chamada diáspora judaica, ou seja, a dispersão dos judeus pelo mundo, foi o principal argumento de ordem religiosa a vindicar o estabelecimento da pátria judaica na Palestina.
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A tese do retorno ao lugar de origem ganhou a grande maioria dos adeptos por ter forte apelo religioso, baseado na redenção do povo de Israel e na “terra prometida” . Por outro lado, outras correntes a consideravam uma compulsão retórica heróica e sentimental, e alguns até a reprovavam duramente, alegando que esta “redenção” teria de ser obra de Deus, não de ações políticas.
A partir de 1917 o movimento focou-se defínitivamente no estabelecimento de um estado na Palestina, a localização do antigo Reino de Israel.
Porém, quando o movimento sionista moderno se consolidou, no final do século XIX, a região da Palestina já estava cultural e etnicamente arabizada, ou seja, era habitada por uma população de esmagadora maioria árabe, lá enraizada por longa e consistente migração e assimilação iniciada por volta do ano de 650 e que perdurou e floresceu por mais de 400 anos, durante as dinastias árabes Omanida, Abássida e Fatímida e que, apesar de dominações posteriores, manteve suas principais características. Os judeus que habitavam a região formavam uma minoria.
Era portanto evidente que, para o estabelecimento de um estado judeu, os sionistas teriam de fazer uma grande alteração para mudar o equilíbrio étnico e demográfico da região, mesmo porque o projeto de um estado judaico padrão deveria basear-se em utopias religiosas e culturais bem próprias, exclusivas e definidas com os costumes e o idioma do povo judeu que habitavam o leste europeu, uma cultura totalmente estranha à pequena comunidade judaica local.
Observe-se que o objetivo primordial do sionismo, que era o estabelecimento de uma pátria judaica, sempre foi bem visto pelos organismos internacionais, tanto que a Liga das Nações (Mandato de 1922) como a ONU aprovaram desde logo os princípios básicos do sionismo, extensíveis aliás, a qualquer povo da terra. Esta simpatia aumentou, e muito, após a descoberta do genocídio dos judeus praticado pelos nazistas alemães durante a Segunda Guerra Mundial.
Apesar de não haver evidência de qualquer interrupção da presença judaica na Palestina há mais de três milênios, é fato incontroverso o concurso de várias migrações substitutivas em massa, com a saída de judeus e a entrada de outros povos, notadamente árabes.
Na segunda metade do século XIX, havia, na região, comunidades judaicas remanescentes, quando se organizou a migração de retorno de judeus, notadamente de ideário socialista, que se propunham a reformar a região, estabelecendo-se nela imediatamente.
Assim Mikveh Israel foi fundada em 1870 através da Aliança Israelita Universal, seguida por Petah Tikva (1878), Rishon LeZion (1882) e outras comunidades agrícolas fundadas pelas sociedades Bilu e Hovevei Zion.
Em 1897, o Primeiro Congresso Sionista proclamou a decisão de restabelecer a antiga pátria judia em Eretz Yisrael. Naquele momento, a Palestina era parte do Império Turco Otomano. Esta decisão fez o sionismo diferente da maioria dos outros nacionalismos, porque seus proponentes reivindicavam para a etnia um território que, na sua maior parte, não era por eles habitada.
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A Grã-Bretanha expressou seu apoio ao sionismo com a Declaração de Balfour, de 1917. Na mesma época, instalou-se de facto o Mandato Britânico da Palestina, em consequência da perda dos territórios pelo Império Otomano, derrotado na Primeira Guerra Mundial. Nos anos seguintes, verificou-se um crescimento substancial na imigração de judeus, com grande aumento da população de origem judaica.
Logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, na fase final do Mandato Britânico, já era flagrante a violência mútua e descontentamento entre árabes e judeus, agravada com a chegada de novas levas de imigrantes, oriundos das perseguições nazistas na Europa. Como solução para os conflitos, em 1947 a ONU propôs e foi aceito o Plano de Partilha da Palestina, que consistia na formação de dois estados - um judeu e outro árabe, concedendo 55% da terra para o estado judeu e o restante ao estado árabe. A representação judaica aceitou o plano, que foi no entanto rejeitado pelos países árabes.
No dia 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico da Palestina, já em meio a um estado de guerra civil entre árabes e judeus, foi declarada pela Agência Judaica a criação do Estado de Israel. No dia seguinte, teve início a chamada Guerra árabe-israelense de 1948, quando cinco estados árabes vizinhos (Transjordânia, Líbano, Egito, Síria e Iraque) iniciaram movimentos de exércitos regulares para invadir a região e destruir o recém-criado estado judaico. Ao longo dos meses seguintes, os judeus alcançaram vitórias decisivas, aumentando seu domínio territorial na região, o que causou a fuga de cerca de 900 mil palestinos da áreas incorporadas, os quais se tornaram refugiados nos países vizinhos.
A esta guerra, seguiriam-se a Guerra de Suez (1956), a Guerra dos Seis Dias (1967), a Guerra do Yom Kippur (1973) e diversos outros conflitos.
Atualmente, Egito, Jordânia e a OLP (Organização para a Libertação da Palestina), como representante dos palestinos - isto é, dos árabes que habitavam a Palestina à época do Mandato Britânico e que devem constituir o povo do futuro Estado árabe-palestino, previsto pelo Plano de Partilha - reconheceram o Estado de Israel. Esta não é, entretanto, a posição do Líbano, Síria, Iraque e Arábia Saudita, nem do Hamas - organização política palestina majoritária na Autoridade Nacional Palestina desde as eleições de 2005 e que atualmente controla a Faixa de Gaza) - e nem tampouco da organização politítica xiita libanesa Hezbollah.
Apesar de tudo, ao longo dos sessenta anos da existência de Israel, o movimento sionista continuou a atuar no apoio ao fortalecimento do Estado e promovendo a integração de imigrantes judeus no país.
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DIÁSPORA JUDAICA
PRIMEIRA DIÁSPORA (Galut Bavel)
De acordo com a Bíblia, a Diáspora é fruto da idolatria e rebeldia do povo de Israel e Judá para com Deus, o que fez com que este os tirasse da terra que lhes prometera e os dispersasse pelo mundo até que o povo de Israel retornasse para a obediência a Deus, onde seriam restaurados como uma nação soberana e senhora do mundo.
Geralmente se atribui o ínicio da primeira diáspora judaica ao ano de 586 a.C., quando Nabucodonosor II — imperador babilônico — invadiu o Reino de Judá, destruindo a Jerusalém, e o Templo; e deportando os judeus para a Babilônia. Mas esta dispersão se inicia antes, em 722 a.C., quando o reino de Israel ao norte é destruído pelos assírios e as dez tribos de Israel são levadas como cativas à Assíria e Judá passa a pagar altissmos impostos para evitar a invasão, o que não será possivel negociar com Nabucodonosor II.
DIÁSPORA NA BABILÔNIA
Com a conquista de Judá cerca de quarenta mil judeus foram deportados para a Babilônia, onde floresceram como comunidade e mantiveram suas práticas e costumes religiosos, associados à outros costumes herdados dos babilônios. A assimilação fez com que o hebraico perdesse sua importância em função do aramaico que tornou-se a língua comum. Com a queda do poder babilônico e a ascensão do imperador persa Ciro I, este permitiu que algumas comunidades judaicas retornassem para a Judéia, mas a grande maioria da população judaica preferiria permanecer em Babilônia onde tinham uma sociedade constituída do que retornar às vicissitudes da reconstrução de um país.
Com o domínio romano sobre a Judéia, a maior parte dos judeus que viviam na Judéia emigrou para Babilônia, que se tornou o maior centro comunitário judaico no mundo até o século XI. Ao vencerem os partas em 226, os persas novamente conquistam a Babilônia, mas os judeus permanecem com uma relativa autonomia sob a liderança do exilarca ou Resh Galuta (Príncipe do Exílio), descendente de Davi. No século IV é compilado o Talmud Babilônico, e tem início a crise caraíta.
A comunidade judaica na Babilônia perdurou solidamente através da história, influenciando o judaísmo mundial também na segunda diáspora e só deixará de existir com a emigração dos judeus do Iraque no século XX.
SEGUNDA DIÁSPORA
A Segunda Diáspora aconteceu muitos anos depois, no ano 70 d.C. Os romanos destruiram Jerusalém, e isso acarretou uma nova diáspora, fazendo os judeus irem para outros países da Ásia Menor ou sul da Europa. As comunidades judaicas estabelecidas nos países do Leste Europeu ficam conhecidas como Asquenazi (netos de Noé). Os judeus do norte da África (sefardins) migram para a península Ibérica. Expulsos de lá pelo crescente cristianismo do século XV, migram para os Países Baixos, Bálcãs, Turquia, Palestina e, estimulados pela colonização européia, chegam ao continente americano.
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PALESTINA
PALESTINA é a denominação histórica dada pelo Império Britânico a uma região do Oriente Médio situada entre a costa oriental do Mediterrâneo e as margens do Rio Jordão. O seu estatuto político é disputado acesamente.
A área correspondente à Palestina até 1948 encontra-se hoje dividida em três partes: uma parte integra o Estado de Israel; duas outras (a Faixa de Gaza e a Cisjordânia), de maioria árabo-palestiniana, deveriam integrar um estado palestiniano-árabe a ser criado - de acordo com a lei internacional, bem como as determinações das Nações Unidas e da anterior potência colonial da zona, o Reino Unido. Todavia, em 1967, a Faixa de Gaza e a Cisjordânia foram ocupadas militarmente por Israel, após a Guerra dos Seis Dias.
Há alguns anos, porções dispersas dessas duas áreas passaram a ser administradas pela Autoridade Palestiniana, mas, devido aos inúmeros ataques terroristas que sofre, Israel mantém o controlo das fronteiras e está atualmente a construir um muro de separação que, na prática, anexa porções significativas da Cisjordânia ocidental ao seu território.
A população palestiniana dispersa pelos países árabes ou em campos de refugiados, situados nos territórios ocupados por Israel, é estimada em 4.000.000 de pessoas.
A palavra Palestina deriva do grego Philistia, nome dado pelos autores da Grécia Antiga a esta região, devido ao facto de em parte dela (entre a actual cidade de Tel Aviv e Gaza) se terem fixado no século XII a.C. os filisteus.
Os filisteus não eram semitas e sua provável origem é creto-miceniada, uma das mais conhecidas (embora recorrentemente mencionadas) vagas dos chamados "Povos do Mar" que se estabeleceram em várias partes do litoral sul do mar Mediterrâneo, incluindo a área hoje conhecida como Faixa de Gaza.
A Palestina, sendo um estreito trecho de favorável passagem entre a África e Ásia, foi palco de um grande número de conquistas, pelos mais variados povos, por se constituir num corredor natural para os antigos exércitos.
Um destes povos, os filisteus, fixa-se junto à costa onde constroem um poderoso reino. Contemporânea a esta invasão é a chegada das tribos hebraicas, lideradas por Josué. A sua instalação no interior gerou guerras com os filisteus, que se recusam a aceitar a religião hebraica.
As tribos hebraicas decidem então unir-se para formar uma monarquia, cujo primeiro rei é Saul. O seu sucessor, David (início do I milénio a.C.) derrota finalmente os filisteus e fixa a capital do reino em Jerusalém. Durante o reinado do seu filho, Salomão, o reino vive um período de prosperidade, mas com a sua morte é dividido em duas partes: a norte, surgirá o reino de Israel (com capital em Samaria) e a sul, o reino de Judá (com capital em Jerusalém).
Abrevie-se para afirmar que, salvo breves intervalos, a região foi dominada por outras potências tais como a Assíria (722 a.C.), os babilônicos (fins do século VII a.C.), os persas aquemênidas (539 a.C.), os greco/macedónios (331 a.C. permanecendo em poder dos ptolomaicos de 320 a 220 a.C. e dos Selêucidas de 220 a 142 a.C.) passando por uma retomada pelos locais Asmoneus que dominaram daí até o ano de 63 a.C. quando sobreveio o domínio romano, época da qual a maioria das pessoas tomou conhecimento (embora fantasioso) pela filmografia recente.
No ano de 66 d.C. inicia-se uma rebelião dos judeus que foi fortemente reprimida pelos romanos com a destruição do templo de Iavé no ano de 70, e só no ano de 131 a pax romana foi novamente abalada por rebeliões ao fim das quais o imperador Adriano tornou Jerusalém na Colonia Aelia Capitolia.
Passando pela divisão do Império Romano, a região viveu entre 324 d.C. e 638 d.C., extrema prosperidade e crescimendo demográfico, sendo de se considerar que a esta altura a população era de maioria cristã, aliás, religião oficial do Império Bizantino.
No ano de 614 a região acaba de ser ocupada pelos persas Sassânidas que mantém seu jugo até o ano de 628 e no ano de 638 toda a região está sob o domínio árabe muçulmano.
De 1517 a 1917 o Império Otomano controla toda região (incluindo Síria e Líbano).
No século XIX (1880 em diante), judeus começam a migrar para a região comprando terras.
Durante a 1ª Guerra Mundial, o Império Otomano apoia a Alemanha, acabando derrotado, com a ajuda de povos árabes que auxiliam às tropas aliadas, com a promessa da constituição de um estado árabe independente, no médio oriente. Na sequência do final da 1ª Guerra Mundial (1917), a parte sul do Império Otomano foi atribuído à Grã-Bretanha (Jordânia, Israel e Palestina) e à França (Líbia e Síria).
Em 1923 a Grã-Bretanha divide a sua zona em dois distritos administrativos, separados pelo rio Jordão, sendo que os Judeus apenas seriam permitidos na zona costeira, a oeste do rio (cerca de 25% da parte britânica). Os árabes dessa zona rejeitam a divisão, receando tornar-se uma minoria e incitados pelo crescente nacionalismo árabe no médio oriente, assim como apoiando-se no acordo pós 1ª Guerra Mundial.
A Grã-Bretanha entrega a resolução do problema às Nações Unidas em 1947. A Assembleia Geral das Nações Unidas determina a partilha da Palestina (os 25% em disputa) entre um Estado Judeu e outro Estado Árabe baseado na concentração das populações, através da resolução 181. A 14 de Maio desse ano os israelitas declaram a constituição do estado de Israel, levando à declaração de guerra por parte de Egipto, Jordânia, Síria, Líbano, Arábia Saudita, Iraque e Iémen. Nos 19 meses seguintes, na chamada Guerra da Independência, Israel acabaria por perder cerca de 1% da sua população, mas sairia vencedora, formando um pais maior que o inicialmente proposto pelas Nações Unidas dois anos antes. Egipto e Jordânia ocupam o território restante.
Em 1967, Egipto, Jordânia e Síria mobilizam os seus exércitos, com vista à destruição do estado Israelita. Naquela que ficaria conhecida como Guerra dos seis dias, Israel derrotou os três exércitos em outras tantas frentes, ocupando a península do Sinai (Egipto), Colinas de Golã (Síria) e Cisjordânia (Jordânia), incluindo o total controlo sobre Jerusalém. Desde esse ano Israel adoptou uma política destinada a promover a instalação de colonatos civis israelitas, expropriando terras aos palestinianos e construindo as casas para os seus cidadãos. Esta atitude é uma violação da Convenção de Genebra, que proíbe os vencedores de uma guerra de colonizar terras estrangeiras anexadas.
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O DOMÍNIO ÁRABE
Ao contrário de várias potências que por alí só estenderam seu domínio de passagem, as vezes legando a administração da região a potentados locais, os árabes (à semelhança dos antigos hebreus) se estabeleceram na região, e o primeiro elemento cultural que introduziram foi a língua uma vez que aparentada com o aramaico, obteve fácil aceitação.
Desde o ano de 660 até 750, vigorou o domínio omíada, cuja capital era Damasco datando daí a construção do Nobre Santuário na Esplanada das Mesquitas em Jerusalém, substituída pela dinastia dos abássidas cuja capital era Bagdá que dominou até o ano de 974, seguindo-se a dinastia dos fatímidas que perduraram até o ano 1071.
Ao fim do longo domínio árabe de mais de quatro séculos, a religião islâmica acabou amplamente majoritária, seguindo-se de uma pequena minoria de cristãos e um menor número ainda de judaítas Samaritanos, até quando, no ano de 1072, sobreveio a conquista da região pelos turcos seldjúcidas que tinham capital em Bagdá.
No ano 1099 com a Primeira Cruzada europeus conquistaram Jerusalém e lá estabeleceram o seu domínio sob o nome de Reino Latino de Jerusalém cuja existência periclitante em meio à sociedade islâmica se demorou até o ano de 1187 quando a cidade foi reconquistada por Saladino.
Em 15 de Maio de 1948, um dia depois da fundação do Estado de Israel, sete exércitos de países da Liga Árabe atacaram Israel.
Durante a Guerra árabe-israelita, estimulada pelos países árabes, a maioria da população árabe da Palestina foge para os países vizinhos (Líbano, Jordânia, Síria e Egito) em busca de segurança. Com a vitória de Israel, a maioria desses refugiados, cerca de 750 mil, fica impedida de regressar às suas terras.
É na sequência do trabalho efetuado no apoio a estes refugiados que nasce o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.
Após um período inicial de estadia nos países árabes vizinhos, muitos destes refugiados são expulsos desses países de acolhimento, dirigindo-se para o sul do Líbano, onde permanecem em campos de refugiados até hoje.
Em 1964, o Alto Comissariado da Palestina solicitou à Liga Árabe a fundação de uma Organização para a Libertação da Palestina (OLP), cujo missão estatutária é a destruição do Estado de Israel. Em 1988, a OLP proclamou o estabelecimento de um estado palestiniano. O principal líder da organização foi o egípcio Yasser Arafat, falecido em 2004. Arafat, após anos de luta contra Israel, renegou a luta armada, a violência e o terrorismo e iniciou as negociações que levaram aos Acordos de Paz de Oslo.
Desde 1994 parte da Palestina está sob a administração da Autoridade Nacional Palestiniana, como resultado dos Acordos.
Atualmente a Palestina é governada pelo primeiro-ministro Ismail Haniyeh, do Hamas, e pelo presidente Mahmoud Abbas, do Fatah, tendo havido confrontos armados entre os dois grupos em Gaza em 2007.
Fonte: Wikipédia
É interessante verificar a força de um povo que, por quase 6.000 anos foi perseguido, passou pela inquisição, e culminou seu sofrimento, recentemente, no holocausto nazista. Ainda assim, manteve-se coeso e conseguiu transformar uma terra árida num país democrático (O único da região) e desenvolvido em todas as árias, incluindo ciência, tecnologia e arte.
ResponderExcluirTenho ascendência Judaica e, mesmo sem ser praticante, orgulho-me dela.
Abraços,
Michel Scheir