Ao falarmos de educação sexual, estamos falando também de preconceito sexual, ou seja, homofobia. Mas o que é homofobia? É o ódio irracional, o medo ou aversão aos homossexuais, pessoas que têm atração afetiva e sexual pelo mesmo sexo. A homofobia é a causa principal da discriminação e violência contra essas pessoas, um ato que gerou e ainda gera muitas injustiças e exclusão social. Só no Brasil, esse tipo de preconceito causou a morte de 2.403 gays, lésbicas e travestis nos últimos 20 anos.Hoje, para combater essa descriminação contra homossexuais é necessário começar pela educação em escolas de todo país, com aulas que orientem os alunos sobre os direitos homossexuais, sobre gênero e identidade sexuais, pois muitas crianças e adolescentes estão cheios de dúvidas a respeito, estão descobrindo seus próprios corpos e precisam ser orientados sobre homossexualidade. Essa educação é fundamental para que, desde o início da vida, as pessoas aprendam a entender a diversidade e a aceitá-la, fazendo com que não haja mais homofobia nas escolas e em nenhum outro lugar. Só assim, ensinando a juventude, é que nosso país formará pessoas melhores e verdadeiros cidadãos.
Jornal de alunos da USP incita homofobia
Depois do vexatório preconceito contra a aluna da UNIBAN que se vestia insinuante dentro da universidade,mais um capítulo de explícito preconceito,desta vez contra homossexuais na USP,tida como uma das melhores instituições de ensino do país, da América Latina e palco de grandes movimentos estudantis contra a ditadura militar, de onde surgiram diversas lideranças políticas progressistas.
“”O Parasita” oferece um convite a uma “festa brega” aos estudantes do curso que, em troca, jogarem fezes em um gay.” Este é o destaque deste sábado dos jornais Folha de S.Paulo e Estado de S.Paulo, além do site G1 e UOL. Um jornal dos alunos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP causou repúdio no meio estudantil e acadêmico ao realizar a promoção polêmica. A Defensoria Pública do Estado de São Paulo deve denunciar a publicação à Comissão Processante Especial da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo.
O governo de São Paulo, por meio da coordenadoria para Políticas Públicas de Diversidade Sexual, anunciou ontem que denunciará por discriminação e registrará um Boletim de Ocorrência por crimes de injúria e incitação à conduta criminosa contra os responsáveis pelo jornal estudantil O Parasita, de alunos de Farmácia da Universidade de São Paulo (USP).
Enquanto isso corre no congresso de autoria da senadora Fátima Cleide — relatora do projeto de Lei 122, que tem por objetivo tornar crime o preconceito e a discriminação contra o comportamento homoafetivo e desde 1995 está em tramitação na Câmara Federal o Projeto de Lei nº 1.151/95 da Deputada Marta Suplicy que pretende oficializar a União Civil Homoafetiva.
Conforme pesquisas recentes, aproximadamente 3% da população brasileira e 11% da população mundial é homossexual. No Brasil, são aproximadamente 5 milhões de pessoas que vivem conflitos diários de pertencer a uma categoria cuja orientação sexual é alvo de diferentes tipos de discriminação e violência.
O Direito brasileiro é omisso com relação a essa questão e na sua indiferença submete os homossexuais ao constrangimento de viverem como cidadãos de segunda classe, tendo os seus direitos, na maioria das vezes negados em franca oposição aos direitos fundamentais da Carta Magna.
Liberdade e dignidade são principios garantidos a todos os cidadãos brasileiros independente do seu sexo, e a homossexualidade, conforme poderemos verificar, não é uma escolha e sim um fenômeno natural inerente aos seres humanos, portanto, deveria ser regulamentada juridicamente, tanto pela Constituição Federal, como pela legislação ordinária.
Só assim, todos sem distinção poderão exercer plenamente seus direitos. Pois o que se deve levar em consideração não é o gênero (masculino,feminino), mas a espécie (ser humano).
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