sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

ENCHENTES DE JANEIRO NO MUNDO

O mundo todo está vendo estarrecido diversas enchentes no Globo Terrestre, provocadas por diversos motivos: Aquecimento Global, El Niño, La Niña, entre outros.

O Jornal Nacional de 13 de janeiro de 2011 destacou que o motivo das enchentes no Rio de Janeiro são áreas de convergências, vindas da Amazônia e provocadas pelo desmatamento.

As enchentes na região serrana do Rio de Janeiro já são o 6º maior desastre relacionados a chuvas nos últimos 12 meses, segundo um levantamento feito pelo Centro de Pesquisas de Epidemiologia dos Desastres (Cred). Segundo os dados da Secretaria de Saúde e Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro, mais de setecentas pessoas já morreram em consequência das enchentes e deslizamentos provocados pela chuva desta quarta-feira na região e o número vem aumentando a todo instante. Mas como a procura por novos corpos vitimas de soterramento continuam, não há ainda números oficiais e finais.

Esse número de mortos também coloca a tragédia como o mais mortífero desastre natural no Brasil em pelo menos dez anos, de acordo com o levantamento.

O Cred, localizado em Bruxelas, na Bélgica, vem compilando dados sobre desastres em todo o mundo há mais de 30 anos.

De acordo com os dados da organização, as enchentes no Paquistão entre julho e agosto do ano passado, que deixaram 1.985 mortos, foram o desastre provocado por chuvas que provocou o maior número de vítimas fatais nos últimos 12 meses no mundo.

O segundo maior número de mortes em desastres do tipo no último ano foi registrado em Zhouqu, na província chinesa de Gansu, com um deslizamento de terra provocado pelas chuvas que deixou 1.765 pessoas mortas em agosto.

Também na China, em Fujian, na província de Sichuan, chuvas torrenciais entre maio e agosto deixaram 1.691 pessoas mortas em consequência das cheias e dos deslizamentos de terra.

Caso o número de mortos no Rio de Janeiro continue subindo, pode ultrapassar os totais do quarto e do quinto desastres com mais vítimas fatais no ano passado - entre fevereiro e março, 399 pessoas morreram em enchentes e deslizamentos em Nametsi, em Uganda, e 363 pessoas morreram em consequência das inundações provocadas pelas chuvas que atingiram a região de Guaranda, na Colômbia, na maior parte do segundo semestre do ano passado.

O total de mortos nas enchentes desta semana no Rio de Janeiro também ultrapassaram os maiores desastres no Brasil desde 2000 - as enchentes de abril do ano passado no Rio, que deixaram 256 mortos, as inundações de 2003 no Nordeste e no Sudeste, que mataram 161, e as enchentes de 2008 em Santa Catarina, que deixaram 151 mortos.

A enchente mais mortífera de que se tem notícia, segundo os registros do Cred, ocorreu na região central da China, em 1931, quanto 3,7 milhões de pessoas teriam morrido, segundo as estimativas.

Na última década, as enchentes de maio de 2004 no Haiti, com 2.600 mortos, foram as que deixaram o maior número de vítimas fatais.

Confira video JORNAL NACIONAL sobre enchentes regiões serranas do Rio



E NO RESTO DO MUNDO

Menos conhecido e menos frequente que o "El Niño", o "La Niña" é um fenômeno natural que resfria as águas do oceano Pacífico e produz mudanças na dinâmica atmosférica. Assim como o primeiro, também pode impor um padrão distinto de comportamento climático em todo o mundo.

O último episódio do "La Niña" atinge agora seu pico e, segundo estudiosos, pode se estender até o meio deste ano. Seus primeiros efeitos, avaliados como sendo de intensidade moderada a forte, começaram a ser percebidos em meados de 2010.
O fenômeno pode ser o responsável por inundações na Austrália e nas Filipinas, onde dez pessoas morreram desde o início deste mês.

As chuvas torrenciais que mataram centenas de pessoas na Venezuela e na Colômbia, em novembro e dezembro, também são reflexos do "La Niña". A inundação no Paquistão, em agosto do ano passado, encaixa-se nos efeitos do fenômeno.

Naquele país, os reflexos do "La Niña" foram particularmente ruins. Na região, o "La Niña" foi imediatamente seguido pelo "El Niño", que tende a deixar as temperaturas no oceano Índico mais altas que o normal.

O ar mais quente contém mais vapor de água e assim pode produzir mais chuva.
"Os padrões altos de precipitação do "La Niña", aliados ao calor após o "El Niño", ajudam a explicar por que as inundações no
Paquistão foram tão devastadoras", diz o especialista Kevin Trenberth, do Centro Americano para Pesquisa Atmosférica.

Mares mais quentes na Austrália também podem explicar a dimensão das atuais inundações.


Confira video JORNAL DA BAND sobre verão de contrastes na Austrália




Devido ao aquecimento das águas, as inundações, em associação ao "El Niño", devem se agravar em breve. E esses não são os únicos danos que o fenômeno pode causar. Nos próximos meses, a corrente "La Niña" pode fazer mais vítimas em outras partes do mundo.

De acordo com um estudo da Cruz Vermelha e do Instituto Internacional de Pesquisas de Clima e Sociedade, chuvas fortes podem ser esperadas no norte da América do Sul e no sudoeste da África nos próximos dois meses.

Em fevereiro de 2000, as enchentes devastadoras em Moçambique, na África, ocorreram exatamente quando o "La Niña" estava próximo do seu pico.

Fontes: http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/860442-la-nina-explica-inundacoes-em-varios-paises-do-mundo.shtml

http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,enchente-no-rio-ja-e-a-6-mais-fatal-dos-ultimos-12-meses-no-mundo,665633,0.htm

Se você gostou dessa postagem, veja também:

04/08/10 - Lixo nas Praias e no Mar
13/08/10 - Malditas Queimadas do Brasil
06/10/10 - As enchentes estão chegando com o Verão

4 comentários:

  1. A chuva ainda não deu trégua, o sol não raiou
    As pessoas ainda juntam os cacos do que restou
    É preciso força para retomar a vida, o mundo
    Depois de se perder quase tudo num segundo

    Tragédia natural não é exclusividade, é verdade...
    Por que, então, sofremos mais com as tempestades?
    Deus é brasileiro, não temos terremotos nem furacão
    Mas pecamos no planejamento, vontade e organização

    Portugal passou por suplício como o que se apresenta
    Em falecimentos, só 10% daqui: pouco mais de quarenta
    Na terra que zombamos ter pouca inteligência
    Governos dão de goleada quando há urgência

    A Austrália, do outro lado, foi ainda mais exemplar
    Como mostrou, na TV, um brasileiro que lá foi morar
    Eles monitoram o nível dos rios com grande precisão
    Por carta, avisaram todos com 24 horas de antecipação

    Mas aqui o relevo é outro, uns dirão
    Por si só não justifica, não é explicação
    Populismo, impregnado, responde por esse mal
    Ah, se nossa inteligência fosse a de Portugal...

    (http://noticiaemverso.blogspot.com)
    Twitter: @noticiaemverso

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  2. Parabéns pelo blog. A ideia é boa e o intuito é bacana. Sucesso pra ti!

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